O primeiro grupo da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) que vai atuar nos presídios do Amazonas chegou ao estado na noite desta terça-feira (28). A confirmação é do secretário de Administração Penitenciária (Seap), coronel Marcos Vinicius Almeida. A equipe vai atuar no em presídios de Manaus, onde 55 presos morreram entre domingo (26) e segunda-feira.
A quantidade de homens que já chegaram à capital amazonense ainda não detalhada. Espera-se que, até o fim da semana, 100 agentes estejam na cidade.
A medida de envio de equipes de intervenção penitenciária é do Governo Federal, após pedido do Governador do Amazonas, Wilson Lima, ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Conforme o governo federal, a força-tarefa atua quando há crise no sistema penitenciário com o objetivo de "controlar distúrbios e resolver outros problemas".
Os integrantes que participarem da operação no Amazonas deverão "obedecer o planejamento definido pelos entes envolvidos".
Desde o massacre de presos em 2017, integrantes da Força Nacional de Segurança Pública atuam na área externa do presídio. A segurança, no entanto, é de responsabilidade do Governo do Amazonas.
Novo massacre
Quarenta presos foram encontrados mortos dentro de cadeias em Manaus nesta segunda-feira (27). Inicialmente, o governo do Amazonas havia dito que eram 42 mortos.
Na véspera, uma briga entre presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) já tinha deixado 15 presidiários mortos.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que todas as mortes desta segunda tinham indício de asfixia. Elas ocorreram nas seguintes unidades:
Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) – 25 mortos;
Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – 6 mortos;
Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1) – 5 mortos;
Compaj – 4 mortos.