CELULAR DE PASTOR MORTO NO RJ FOI USADO APÓS O CRIME, DIZ A POLÍCIA
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Publicado em 26/06/2019

A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que o telefone celular do pastor Anderson Carmo foi utilizado horas depois de sua morte. Pelo menos, duas mensagens foram repassadas do aparelho. A reportagem teve acesso ao conteúdo encaminhado a grupos de amigos.

As mensagens foram repassadas às 9h e às 10h07 de domingo (16).

Anderson foi assassinado na madrugada de domingo (16) após chegar em casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O enteado Flávio dos Santos e o filho adotivo Lucas dos Santos são suspeitos do crime e estão presos na Divisão de Homicídios de Niterói.

Além de Lucas e Flávio, a delegada responsável pelo caso já ouviu mais de 20 pessoas que estavam na casa no dia do crime. Segundo Bárbara Lomba, todas as pessoas que estavam no local no dia do assassinato do pastor são consideradas suspeitas.

Em uma entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (25), a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) fez um apelo para que devolvessem o aparelho.

Ainda segundo Flordelis, muitas pessoas passaram pela casa dela e ela sentiu falta de objetos do marido. Entre eles, uma pulseira de ouro.

Quando prestou depoimento à polícia, Flordelis disse que uma das perguntas que os investigadores mais fizeram a ela foi sobre o celular do pastor, que ainda não foi encontrado.

"O que mais foi perguntado [na delegacia], indagado, ontem, foi sobre a localização do celular. Foi uma romaria dentro da minha casa, muita gente estranha. Eu não tenho como dizer quantas pessoas passaram pela minha casa. Queria muito saber, esse celular é muito importante pra mim", apontou ela, que, inclusive, fez um pedido para que devolvessem o aparelho.

Conteúdo das mensagens

Em uma das mensagens enviadas do celular do pastor Anderson, a pessoa se identifica como filho do marido de Flordelis. A polícia não confirmou até o momento se realmente um filho de Flordelis usou o aparelho.

O texto pede oração e informa que "infelizmente as notícias são verdades". Para a polícia, o autor queria informar sobre o assassinato de Anderson.

Em outra mensagem, o responsável pelo envio marca o local onde aconteceu o crime. Ou seja, a casa de Flordelis e Anderson.

O depoimento de um dos filhos da deputada na Delegacia de Homicídios conta que o telefone celular do pastor estava no closet do casal junto com o controle remoto do portão e a carteira do pai.

Todo o material teria sido recolhido no momento em que Anderson Carmo era levado para o hospital numa tentativa de salvá-lo.

Ao voltar do hospital, já com o pai morto, o filho contou que entregou o aparelho à namorada e pediu que ela repassasse o telefone à Flordelis.

Policiais dizem ainda que já tem informações sobre quem usou o telefone após a morte de Anderson. O nome, entretanto, ainda é mantido em segredo.

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