Um dos traficantes mais procurados do RJ foi morto na manhã desta quinta-feira (27). Policiais militares encontraram e mataram, durante um confronto, Fernando Gomes Freitas, o Fernandinho Guarabu, na favela que ele chefiava, o Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
Outros cinco homens ficaram feridos na troca de tiros. Com Guarabu, foram apreendidos um fuzil, quatro pistolas, granadas e drogas.
Guarabu era procurado pela Justiça há mais de 15 anos. Era ainda o traficante que estava há mais tempo no comando de um morro no Rio. A recompensa oferecida pelo Disque Denúncia por informações que levassem à prisão do traficante era de R$ 30 mil - a maior do programa.
Após a morte de Guarabu, homens dos batalhões de Operações Especiais e de Choque, além de policiais militares do Grupamento de Ações Táticas do 17º BPM (Ilha), faziam uma varredura na comunidade.
Polícia tinha informações privilegiadas
De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, os policiais tinham informações privilegiadas sobre uma reunião das lideranças do tráfico do Complexo do Dendê nesta quinta-feira (26).
"Uma operação planejada e coordenada pelo coronel Sarmento, do Comando de Operações Especiais. Tínhamos informação privilegiada e foi feita a incursão, sempre com toda cautela para as pessoas que residem no local. Houve um confronto provocado pelos marginais que resistiram à prisão".
Segundo Fliess, a operação continua não só dentro da comunidade, mas com ações preventivas no entorno a fim de evitar que moradores sejam coagidos a praticar atos de vandalismo, como queimar ônibus.
"Se isso acontecer, serão presos em nome da Lei. A Polícia Militar não vai admitir a perturbação da ordem", diz o coronel.
"Já são 252 fuzis apreendidos no Rio de Janeiro pela Polícia Militar só em 2019. Isso dá uma média de 1,5 fuzil apreendido por dia, armas de guerra que a Polícia Militar tira de circulação diariamente", acrescentou.
O coronel informou ainda que os agentes checam se houve morte de outras lideranças no tráfico da comunidade. "A alta hierarquia do tráfico local estava reunida e foram confrontados pelos policiais do Batalhão de Choque", explic o porta-voz da corporação.