O acusado de matar ex-governador Gerson Camata, Marcos Venicio Moreira Andrade, de 66 anos, vai a júri popular. A decisão, assinada pelo juiz Felipe Bertrand Sardenberg Moulin, da 1ª Vara Criminal de Vitória, é desta sexta-feira (28). A sentença também decidiu pela manutenção da prisão preventiva de Marcos Venício.
Camata foi morto aos 77 anos, com um tiro. O crime aconteceu no dia 26 de dezembro de 2018, na Praia do Canto, em Vitória. O acusado é ex-assessor de Camata e confessou o assassinato. Ele foi detido horas depois do crime e segue preso no presídio de Viana.
A motivação, de acordo com o acusado, foi uma ação judicial movida por Camata que resultou no bloqueio de R$ 60 mil de sua conta bancária.
“A assistência da acusação e a família veem a adesão de pronúncia com muita naturalidade. É evidente que, nos autos, há mais que indícios suficientes de autoria, há provas robustas de autoria e da materialidade. Estamos ansiosos pelo desfecho de tudo isso”, disse o advogado da família, Renan Sales.
De acordo com o advogado, a família e a assistência de acusação também comemoraram a manutenção da prisão do acusado.
“A gente entende que o modo covarde com que esse crime aconteceu, por si só, justifica a manutenção preventiva desse indivíduo. Outro motivo para isso é que esse sujeito não respeita as decisões judiciais. Ele matou alguém em razão de um bloqueio judicial. A família da vítima agora conseguiu através de uma ação que um valor muito maior fosse bloqueado, então esse indivíduo também coloca em risco a família da vitima e toda a sociedade”, disse o advogado.
O advogado explicou que a defesa do acusado ainda pode recorrer. Por isso, ainda não há data para o julgamento.