A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou pelos crimes de tortura, homicídio e ocultação de cadáver a mãe e a madrasta de Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, morto em Imbé, no litoral do estado.
A madrasta da criança, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, e a mãe do menino, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26, estão presas após esta última ter confessado que espancou, dopou o filho com um antidepressivo e o colocou numa mala, antes de lançá-lo em um rio da cidade, o Tramandaí, na madrugada do último dia 28 de julho. Yasmin está presa preventivamente, enquando a detenção da madrata é temporária.
Segundo a polícia, os crimes cometidos têm diversos agravantes. No caso da tortura, pesa o fato da vítima ser uma criança. O homicídio foi caracterizado como duplamente qualificado por ter sido cometido mediante meio cruel e sem possibilidade de defesa. Neste caso, a pena também aumenta por se tratar de uma vítima menor de 14 anos.
Neste sábado as buscas pelo corpo do menino completaram dez dias. Segundo a polícia, foram realizadas diligências nos municípios de Torres, Arroio do Sal, Capão da Canoa, Imbé, Tramandaí, Cidreira, Pinhal e Mostardas.
Entenda o caso
De acordo com o depoimento de Yasmin à polícia, ela e Bruna saíram da residência com a mala onde estava Miguel e o arremessaram no rio. A madrasta do menino, porém, nega participação no crime e diz que a mãe agiu sozinha. Desde então, o Corpo de Bombeiros faz buscas no Rio Tramandaí pelo menino.
Durante as investigações começaram, a polícia encontrou indícios de que o Miguel era torturado. Na noite de terça-feira (3), foram achados cadernos com frases ofensivas que, segundo as investigações, eram copiadas pelo menino: "eu sou um idiota", "não mereço a mamãe que eu tenho", eu sou ladrão", "eu sou ruim" e "eu sou um filho horrível".
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Além dos cadernos, a polícia encontrou ainda uma corrente que seria usada para manter a criança presa. As buscas foram feitas em apartamentos onde Miguel morou com Yasmin, no centro de Imbé e no Balneário de Santa Terezinha.
Antes de confessar o crime, a mãe chegou a procurar a polícia, na noite de 29 de julho, para registrar o desaparecimento do menino. A polícia afirma que Yasmin acabou caindo em contradição, o que fez com que os investigadores começassem a desconfiar dela. Depois, ela acabou confessando o crime e teve a prisão decretada pela Justiça.