Desde que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu liminarmente pela restrição das operações policiais no Rio de Janeiro, em junho de 2020, o RJ registrou 1.563 mortes causadas por intervenção de agentes do estado. A média é de 3,4 mortes por dia, segundo levantamento feito pelo g1 com números do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP).
Os dados do número de óbitos foram obtidos em uma consulta das estatísticas de segurança disponíveis no site da instituição.
O STF volta a julgar nesta quinta-feira (25) a ação que trata da letalidade policial no RJ — a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635 ou a ADPF das Favelas, como é conhecida. O julgamento foi paralisado no fim de maio, após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.
A decisão liminar de Fachin proibiu a realização de operações policiais em comunidades fluminenses sem aviso e justificativa prévia durante a pandemia. As ações podem acontecer em hipóteses excepcionais, que devem ser justificadas por escrito pela autoridade competente e comunicadas em até 24 horas ao Ministério Público do Rio de Janeiro — responsável pelo controle externo da atividade policial.
e reduzam e minimizem as vítimas", diz ele.
E acrescenta:
"Esperamos que, com o retorno do julgamento, o STF se posicione pela ilegalidade de operações policiais violentas que causam mortes e que não colaboram para a melhoria da segurança pública no Rio e muito menos da sensação de segurança da população das áreas que recebem as ações".