JUSTUÇA NEGA NOVO JULGAMENTO A SOCIALITE CONDENADA POR TRÁFICO DE MENORES
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Publicado em 02/04/2022

A socialite britânica Ghislaine Maxwell, condenada no fim de 2021, em Nova York, por tráfico sexual de menores, não passará por um novo julgamento como havia solicitado, decidiu nesta sexta-feira uma juíza americana.

"Rejeita-se a petição da acusada para um novo julgamento", decidiu a juíza Alison Nathan, da corte federal de Manhattan, segundo uma ordem judicial tornada pública pela Justiça americana.

Ghislaine e seus advogados passaram a solicitar um novo julgamento desde que um dos jurados da corte federal de Manhattan, que a declarou culpada em 29 de dezembro, revelou à imprensa britânica que ele mesmo tinha sido vítima de violência sexual quando criança.

Depois do julgamento, Scotty David, de 35 anos, falou com a imprensa em janeiro e admitiu em 8 de março, na corte de Nova York, que havia esquecido de mencionar em suas respostas a um questionário para ser membro do júri no julgamento de Maxwell que tinha sido abusado sexualmente na infância.

O homem, chamado de "jurado 50" pela Justiça, admitiu então uma "falha", e não uma mentira.

Mas a defesa de Maxwell acreditava que o jurado poderia ser suspeito de parcialidade ao ter que se pronunciar sobre crimes sexuais contra moças menores de idade.

Para a corte de Manhattan, "o jurado 50 se posicionou de maneira crível e sincera durante sua audiência posterior ao julgamento. É lamentável, mas não deliberado que ele não tivesse revelado as agressões sexuais sofridas no passado durante a seleção para julgamento", escreveu a juíza Nathan em sua decisão. "O tribunal determina que o jurado 50 não tinha preconceitos contra a acusada e podia ser um jurado justo e imparcial".

A filha do falecido magnata de mídia britânico Robert Maxwell foi declarada culpada em 29 de dezembro de cinco das seis acusações contra ela, sendo a mais grave por tráfico sexual de moças menores de idade para Epstein.

O financista americano, com poderosas redes econômicas e políticas nos EUA e no exterior, foi acusado de violentar as meninas, mas se suicidou na prisão em agosto de 2019, antes de seu julgamento.

Companheira e cúmplice de Epstein durante 30 anos, Maxwell é uma mulher de 60 anos de nacionalidade britânica, francesa e americana. Sua sentença é esperada para 28 de junho.

 

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