Bombeiros continuam neste domingo (3) a busca por desaparecidos após o temporal que deixou ao menos 16 mortos no Rio de Janeiro.
Segundo a Defesa Civil, entre oito a dez pessoas ainda são procuradas em Angra dos Reis, que sofreu a pior chuva da história. As buscas se concentram na região de Monsuaba e em Ilha Grande.
A Defesa Civil confirmou neste domingo a oitava morte no município. Outras sete pessoas, de uma mesma família, morreram em Paraty, também na Costa Verde, e mais um óbito ocorreu em Mesquita, na Região Metropolitana do Rio, onde um homem foi eletrocutado durante a enchente.
O que causou?
As chuvas que atingiram o estado foram causadas por acúmulo de umidade na região litorânea. O meteorologista do Climatempo, César Soares, afirmou que uma frente fria trouxe instabilidade para o tempo da região já na última quinta-feira (31).
Recorde de chuva em Angra
Angra dos Reis nunca havia registrado um volume de chuva tão alto em apenas 48 horas. No período, a prefeitura registrou índices recorde: foram 655 mm na área que fica no continente e 592 mm na Ilha Grande, que também faz parte de Angra.
O Corpo de Bombeiros informou ter resgatado ao menos cinco pessoas com vida, que foram levadas para o Hospital da Japuíba. Seis grupamentos da corporação e agentes da Defesa Civil trabalhavam nas buscas pelos desaparecidos pela manhã.
Outras cidades da Baixada também registraram alagamentos. A Prefeitura de Nova Iguaçu afirmou que a cidade registrou 141 mm de chuva no bairro Moquetá, o que equivale a 148% da média de chuva do mês de abril. O Hospital Estadual Ricardo Cruz, inaugurado há um ano, ficou inundado.
Pode chover mais?
A tendência para manhã do domingo (3) ainda é de chuva persistente, moderada a forte, em todas as áreas do sul do Estado.
O risco de escorregamento de encostas segue bastante elevado devido aos volumes de chuva expressivos. No domingo (3), as condições são de alerta máximo para temporais na Costa Verde.