O menino, de 12 anos, que perdeu a mãe e seis irmãos na tragédia provocada pela chuva em Paraty (RJ), segue internado na noite de domingo (3) no CTI pediátrico do Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias (RJ), respirando com ajuda de aparelhos.
Segundo a unidade médica, "o estado de saúde é gravíssimo, com quadro muito instável", que preocupa e requer cuidados. Durante a noite, ele apresentou arritmia e sofreu parada cardiorrespiratória, revertida pela equipe médica.
O caso é tão grave que, na tarde deste domingo, o menino precisou ser transferido de helicóptero do Hospital de Praia Brava, em Angra dos Reis (RJ), para o Hospital de Saracuruna, unidade referência em atendimentos a politraumatismos. A criança vem sendo acompanhada por uma tia.
Enquanto esteve no Hospital de Praia Brava, ele ficou internado na UTI, respirando com ajuda de ventilação mecânica, segundo informações da prefeitura de Paraty, que acompanha o caso.
A família, que vivia em uma casa de pau a pique na comunidade caiçara de Ponta Negra, foi soterrada em uma deslizamento de terra no sábado (2), provocado pelo grande volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias.
O menino foi o único da família a ser resgatado com vida e levado para um hospital, ainda no sábado. Por causa das lesões que sofreu, ele precisou passar por uma cirurgia que durou cerca de cinco horas.
Mãe e seis irmãos soterrados
Desde a manhã de sábado, equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil participaram das buscas por sobreviventes no deslizamento na Ponta Negra. O trabalho começou no sábado e foi concluído apenas neste domingo, quando todos os corpos das sete vítimas foram retirados do imóvel soterrado.
Os corpos encontrados são da mãe, Lucimar de Jesus Campo, de 35 anos, e dos filhos: João, de 2 anos, Estevão, de 6 anos, Yasmin, de 8 anos, Jasmin, de 10 anos, Luciano, de 15 anos, e Lucimara, de 17 anos. As informações são da prefeitura de Paraty.
Todos os sete corpos foram levados de barco para o Instituto Médico Legal de Angra dos Reis, o acesso à comunidade é feito apenas pelo mar ou por trilha.
Além deste filho de Lucimar que sobreviveu, quatro pessoas, de outras famílias, sofreram ferimentos sem gravidade no deslizamento de terra na Ponta Negra.
