A Polícia Civil do RJ concluiu o laudo da reprodução simulada do acidente que matou a menina Raquel Antunes da Silva, imprensada por um carro alegórico da Em Cima da Hora no desfile da Série Ouro deste ano.
Com a reconstituição, peritos apontaram as seguintes falhas:
A alegoria teve problemas no motor e precisou ser rebocada, mas o acoplamento foi feito de forma irregular, com correntes e parafusos. Isso impediu que o veículo balançasse para a direita e para a esquerda.
No momento em que o reboque guinchava o carro alegórico para fora da Apoteose, havia apenas dois guias para a saída: um à frente e outro à esquerda do caminhão. Não tinha ninguém à direita, justamente onde Raquel estava , para avisar, por exemplo, que um poste estava no caminho.
No lado direito do caminhão, a luminosidade também era muito baixa.
O poste onde a alegoria resvalou foi erguido em desacordo com as normas da ABNT e não devia estar lá. Além disso, não estava iluminado.
Não houve isolamento adequado da Rua Frei Caneca, via de escoamento das alegorias, permitindo a circulação desordenada de transeuntes.
Como foi o acidente
A tragédia foi na noite de 22 de abril de 2022, durante o desfile da Série Ouro, a divisão de acesso ao Grupo Especial.
Algumas testemunhas contaram que Raquel subiu no carro alegórico da Em cima da Hora, que estava parado na rua. Já uma amiga da família disse que a menina estava apenas perto do conjunto.
Quando o veículo começou a ser empurrado, a 200 metros do portão de saída da Apoteose, já na Rua Frei Caneca, Raquel acabou imprensada contra um poste.