A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu nessa segunda-feira (3) o inquérito sobre o assassinato a tiros da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, que na data do crime estava grávida de oito meses. O pai do neném, de 37 anos, foi indiciado como mandante do crime. O crime aconteceu no dia 2 de março deste ano.
No dia 6 de março, a Polícia Civil apreendeu o passaporte do suspeito. A mulher chegou a ser socorrida e passou por uma cesárea de emergência. Porém, o bebê morreu horas depois do parto.
Letycia foi morta na porta da casa dela quando estacionava o carro. Imagens de câmeras de segurança mostram dois homens em uma moto parando ao lado do veículo. O homem da garupa efetuou cinco disparos.
Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime: o companheiro apontado como o mandante do assassinato; o suspeito de ter efetuado os disparos; o homem que pilotava a moto roubada no dia do crime; e um outro homem que teria planejado a morte da mulher junto com o companheiro.
Três dos suspeitos vão responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, sem chance de defesa, mediante paga e feminicídio com aumento de pena pelo fato da vítima estar gestante.
Entenda
Na época do assassinato, o amigo do suspeito abriu uma "vaquinha" online para arrecadar dinheiro para o tratamento das filhas, conforme informações da polícia. O companheiro da Letycia, então, procurou o amigo e condicionou a contribuição financeira para o tratamento das meninas em troca dele "matar uma mulher".
A arma e a moto utilizadas no dia do crime não foram localizadas. As informações foram repassadas pela delegada Natália Patrão, da 34º DP de Campos dos Goytacazes (RJ).
De acordo com a delegada, o suspeito teria arquitetado o plano para matar Letycia por ter uma vida uma dupla, já que ele era casado há alguns anos com outra mulher, quando se envolveu com Letycia.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Rio e aguarda resposta.