Os suspeitos de enterrar uma mulher viva em um cemitério de Visconde do Rio Branco (MG), na Zona da Mata, planejavam fugir para uma favela no Rio de Janeiro (RJ). A informação foi revelada por investigadores durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (4), horas após a prisão de dois envolvidos no crime.
Segundo o delegado regional de Ubá (MG), Diego Candian, dois suspeitos, de 20 e 22 anos, foram identificados no dia 28 de março, mesmo dia em que a vítima foi resgatada de dentro do túmulo. A dupla já teria cometido diversos crimes na região, como tráfico de drogas, porte ilegal de armas e corrupção de menores. Alguns destes crimes foram registrados quando os suspeitos ainda eram menores de idade.
Os dois homens foram presos no trevo entre as cidades de Visconde do Rio Branco e São Geraldo. De acordo com o delegado, os suspeitos se preparavam para fugir para uma favela no Rio de Janeiro. Um terceiro suspeito teria fugido para Viçosa, a pouco mais de 40 km da região, mas ainda não foi localizado.
“Caso cruel”
Candian ressaltou que a crueldade do caso chamou a atenção de investigadores experientes e causou comoção nacional e internacional. Já a delegada-geral de Juiz de Fora, Flávia Mara Camargo Murta, afirma que o apoio popular foi decisivo para o avanço das investigações. Ela relembra que o inquérito segue aberto até o fim de abril e que a vítima ainda não foi ouvida.
"Ela ainda não prestou depoimento, não foi ouvida. A vítima apenas foi entrevistada por nossos agentes. Respeitamos o estado de saúde dela, que não permite um depoimento longo. Assim que possível, ela será ouvida.”