A família de um estudante morto em 2016, na porta da Boate Havana, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, protesta e pede a condenação de um dos acusados. Cristiano Guimarães Nascimento tinha 22 anos quando foi assassinado na casa de shows.
O corretor de seguros Célio Gomes da Silva, acusado de participar do homicídio, será julgado pela segunda vez nesta quinta-feira (13) pelo Tribunal do Júri no Fórum de Contagem. O acusado foi absolvido em 2019, mas o Ministério Público recorreu e a decisão foi anulada.
No mesmo julgamento que absolveu Célio, o júri condenou os policiais militares Jonathas Elvis do Carmo e Jonas Moreira Martins pela morte do estudante. Um foi condenado a 12 anos de prisão, e o outro a cinco anos, mas as penas foram aumentadas para 14 e 8 anos, respectivamente, na segunda instância. Os dois foram exonerados da Polícia Militar e já estão em liberdade devido às progressões de regime.
Primeiro Julgamento
O corretor de imóveis foi absolvido em setembro de 2019 pelo Conselho de Sentença. O júri entendeu que ele não havia participado das agressões à vítima. Mas, para o Ministério Público, as evidências apontam que Célio, que é amigo dos policiais condenados, teria começado uma confusão dentro da boate agredindo o estudante com socos. O acusado, junto com um dos policiais, também teria intimidado e agredido os amigos da vítima que tentavam impedir que Cristiano fosse espancado pelo outro militar.
No primeiro julgamento, o acusado Célio Gomes da Silva não compareceu ao fórum pois tinha um mandado de prisão em aberto. Nesta quinta-feira (13), o corretor de seguros compareceu ao julgamento, que começou às 9h.
Relembre o Caso
O estudante Cristiano Guimarães Nascimento foi espancado por três homens na madrugada do dia 8 de abril de 2016, na porta da boate Havana, no Bairro Eldorado, em Contagem. Ele foi agredido com socos e chutes e morreu no local. As investigações apontaram que o crime aconteceu depois de uma confusão na fila do caixa da boate. A vítima reclamou quando os agressores tentaram furar a fila e por isso foi espancada.