PAI DESABAFA SOBRE MORTE EM CIRURGIA PLÁSTICA
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Publicado em 27/04/2023

O pai da técnica em enfermagem, Gleyciane Alves Brito, de 38 anos, que morreu após complicações de uma cirurgia plástica em Belo Horizonte, disse durante o velório, nessa quarta-feira (26), que a filha confiou em uma amiga que fez um procedimento com o médico e afirmou que a técnica em enfermagem não tinha problemas de saúde.

"Foi através de uma amiga que tinha feito com ele e deu tudo certo. Aí, ela confiou. A verdade foi essa", desabafou o pai durante o enterro. Segundo ele, a família não queria que ela fizesse a plástica.

"A gente não queria que ela fizesse. Ninguém da família estava sabendo da cirurgia, só o marido. Se tiver acontecido um erro médico ele tem que pagar, tem que ser afastado da medicina."

O corpo da técnica em enfermagem foi sepultado na tarde de quarta-feira (26) no cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Gleyciane Alves morreu após um procedimento cirúrgico de lipoescultura e revisão de cicatriz, no Instituto Mineiro de Obesidade, que fica na região Centro-Sul da capital. Gleyciane era casada e tinha dois filhos adolescentes.

A morte de Gleyciane é investigada pela Polícia Civil. De acordo com o hospital, algumas horas após a cirurgia, a paciente apresentou um quadro de agitação e acabou tendo uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

O médico responsável pelo procedimento é o cirurgião Lucas Mendes que, em abril de 2022, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela morte de outra paciente, que se submeteu a uma abdominoplastia e uma lipoaspiração e morreu algumas horas após o procedimento.

O advogado do médico, Renato de Assis Pinheiro, disse que a fala do pai da paciente, sobre o afastamento é "emocional" já que ele "não possui qualquer conhecimento para opinar sobre o assunto, o médico não é culpado pela fatalidade."

"A fala do pai da paciente (e não vítima) confirma sua total indicação para realizar o procedimento, por ter plenas condições de saúde, assim como a boa relação do médico com as pacientes e a satisfação das mesmas em o indicar as amigas. Sobre afastamento, trata-se de uma fala emocional, visto que o pai da paciente não possui qualquer conhecimento para opinar sobre o assunto, o médico não é culpado pela fatalidade."

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