POLÍCIA ESPANHOLA PRENDE SETE POR ATAQUES RACISTAS A VINI JR
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Publicado em 23/05/2023

A polícia espanhola anunciou, nesta terça-feira (23), a detenção de sete pessoas por ataques racistas contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid. Três foram presos em Valência por proferir insultos durante a partida do domingo (21) no estádio Mestalla, e outros quatro em Madrid pela simulação de um enforcamento de um boneco com a camisa de Vini Jr, em janeiro.

Os sete torcedores - três do Valencia e quatro do Atlético de Madrid - foram detidos por suspeita de crime de ódio contra Vinícius Júnior. Segundo a imprensa local, três dos quatro presos na capital espanhola são integrantes da torcida organizada 'Frente Atlética'; sendo que um deles tem passagem por crime de lesão corporal.

Em Valência, a Polícia deteve três jovens suspeitos de proferir insultos racistas durante a partida de La Liga, no domingo (21), entre o clube merengue e o Valencia.

"A polícia deteve três jovens em Valência por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid", informou a Polícia Nacional, que abriu uma investigação após os acontecimentos que provocaram uma onda de indignação, na Espanha e no exterior.

Alvo frequente de ofensas racistas desde que chegou ao Real Madrid, em 2018, Vinícius Júnior foi chamado de "macaco" por torcedores do Valencia na derrota de 1-0 no domingo passado.

Os ataques, denunciados pelo jogador e pelo Real Madrid, levaram a Procuradoria de Valência a abrir uma investigação por suposto "crime de ódio", uma tipificação penal que inclui os crimes racistas na Espanha.

A Comissão Antiviolência, órgão vinculado ao Conselho Superior dos Esportes (CSD), anunciou, na segunda-feira (22), que estava examinando as imagens disponíveis para identificar os autores dos insultos e "propor as sanções correspondentes".

O novo ataque provocou muitas reações na Espanha, onde os atos de racismo nos estádios são denunciado há muitos anos por jogadores e associações que consideram que o problema não é levado a sério no país.

"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam", lamentou Vini Jr nas redes sociais após a partida.

"A primeira coisa é reconhecer que temos um problema de comportamento, de educação, de racismo", disse na segunda-feira o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu "tolerância zero" ao racismo no futebol.

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