O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontado com o autor do disparo que matou a estudante de enfermagem Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, não ficou 24 horas preso. O policial foi liberado nesse domingo (18) depois de passar por audiência de custódia, menos de um dia após os disparos contra o carro onde Anne estava com o marido, na rodovia Washington Luiz (BR-040), na altura do Parque das Missões, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O policial, que está afastado preventivamente das atividades operacionais, teria atirado porque o carro não parou, versão contestada pela família da vítima. Uma tia de Anne disse ao G1 que o marido parou o veículo, mas que os policiais atiraram pelo menos dez vezes.

A parente relatou que o marido deu seta para encostar e que os disparam começaram. “E aí, acertou 10 tiros no carro. Nesses 10 tiros, um acertou a Carol na altura do baço. Ela ainda estava consciente e disse que não queria morrer, chorando muito”, relatou a tia ao G1.

O policial teria atirado após o carro desobedecer a ordem de parada e, suspostamente, jogar o carro para em cima de uma viatura. Após o disparo, o motorista parou o veículo e disse que a mulher, identificada como Anne Caroline Nascimento Silva, tinha sido baleada. A jovem foi baleada na região do acesso à Linha Vermelha.

Anne foi socorrida e levada para o hospital Getúlio Vargas, na Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro, onde morreu.

A Polícia Federal informou, por meio de nota, que instaurou “inquérito policial em decorrência do auto de prisão em flagrante para apuração dos fatos”. A apuração será feita pela Polícia Rodoviária Federal foi acionada. O agente está afastado preventivamente das atividades operacionais.