O dia será marcado por reuniões na política mineira. O Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reunirá na tarde desta terça-feira (3) para tentar reestabelecer o diálogo entre a base do governo e a oposição sobre a pauta de votação ao longo da semana.
Dois projetos são prioridades: pela oposição, o reajuste de 12,84% do piso da educação em Minas Gerais. O governo também quer votar o texto, mas diz ser necessário, primeiro, aprovar a autorização para o estado aderir ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF). O prazo para a aprovação do PAF era a última sexta-feira (30). Como não foi cumprido, o governo Zema informou que vai acionar a Justiça em busca de não pagar R$ 15 bilhões à vista ao governo federal.
O Colégio de Líderes é presidido pelo presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), e composto pelo líder de Governo e futuro secretário de Governo, Gustavo Valadares (PMN); o líder da Maioria, Carlos Henrique (Republicanos); o líder da oposição, Ulysses Gomes (PT); o líder da Minoria, Dr. Jean Freire (PT), além dos líderes dos dois blocos governistas, Cássio Soares (PSD) e Gustavo Santana (PL).
Encontros da base de governo e da oposição
Antes do Colégio de Líderes, o vice-governador e, por ora, secretário de Governo, Mateus Simões (Novo) tomará café da manhã com os deputados que integram a base de governo a partir das 8h30m no prédio do BDMG. Além de alinhar a relação entre o Executivo e os parlamentares após a troca de comando na Secretaria de Governo, também será debatida a postura da base sobre o reajuste do piso da educação e o PAF.
Integrante, da base de governo, Rodrigo Lopes (União) diz ter expectativa que os dois projetos sejam votados ao longo da semana. "Creio eu que o vice-governador interinamente ocupa essa função de secretário de Governo justamente para que haja uma continuidade nas negociações iniciadas pelo líder, Gustavo Valadares, que virá assumir a Secretaria de Governo posteriormente. Semana de boas expectativas e eu creio que até o final teremos um resultado tanto na questão fiscal, quanto na questão da educação", disse ele.
A oposição também vai se reunir antes do Colégio de Líderes para definir a estratégia e os próximos passos do bloco, que resiste em votar o PAF por ser pré-requisito para Minas Gerais aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Programa de renegociação das dívidas com União, o RRF impõe uma série de medidas para contenção de gastos, como limitação de concursos públicos e aumento salarial para os servidores.
O líder da Minoria, Dr. Jean Freire (PT), afirma que a oposição estava disposta a continuar negociando na semana passada e que a postura permanece. "A nossa expectativa é que seja votado o projeto da educação. Já foi votado em 1º turno e nós temos que dar andamento. A expectativa é essa. Vamos trabalhar para que seja votado nessa semana ou na próxima. A oposição está pronta para votar", declarou ele.