O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pretende ligar para Jair Bolsonaro para pedir que o Partido Liberal (PL) — sigla à qual pertence o ex-presidente — não feche questão sobre a votação da reforma tributária, prevista para começar às 18h desta quinta-feira (6). Às vésperas, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se reunirá com Bolsonaro e outras lideranças para decidir se a sigla determinará ou não que os deputados sejam contrários à reforma.
“Farei uma ligação para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Todos estão trabalhando para que, pelo menos, o PL não feche questão para a votação da reforma tributária. As diferenças ideológicas são vitais para a democracia, mas, esse assunto transcende a política, transcende governos”, afirmou em entrevista à Band no início da manhã. Lira respondeu sobre nota do ex-presidente pedindo que deputados não sejam favoráveis à proposta do governo para mudança na legislação tributária.
Lula X Bolsonaro
Sigla à qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL) está dividido em relação à reforma tributária. O texto do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) chega às mãos dos 99 deputados que compõem a bancada — a terceira maior da Câmara dos Deputados — sem que haja consenso entre eles.
Às vésperas da votação, prevista para acontecer nesta quinta-feira (6) à noite, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se reunirá com Bolsonaro e outras lideranças da sigla para acertar a diretriz do PL — inicialmente contrário — em relação à mudança na legislação tributária.
O principal entrave se refere à oposição entre Lula (PT) e o ex-presidente. A votação da reforma tributária, principal pauta econômica do governo para o semestre, acontece após esforço concentrado e apoio direto do presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL), menos de uma semana após o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos. Alguns deputados da base bolsonarista defendem a necessidade de não apoiar o projeto proposto pelo Executivo.
À contramão, outros parlamentares adotam postura moderada e apostam no diálogo para acertar pontos polêmicos contidos na reforma tributária — especialmente a unificação dos impostos e o temor pela queda na arrecadação dos estados e municípios.