O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que não existe crime perfeito e sem solução, e revelou que novos mandados deverão ser cumpridos pela Polícia Federal nas próximas semanas, para avançar na investigação dos mentores intelectuais do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco, e o motorista Anderson Gomes.
Dino disse não ter dúvidas da participação de outras pessoas no crime, que ocorreu em março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.
A prisão foi realizada, no Rio de Janeiro, com base na delação do ex-policial militar, Élcio Queiroz, que confirmou participação no crime, na colaboração premiada, junto com o PM reformado Ronnie Lessa. Outros sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro.
O ministro Flávio Dino afirmou que os termos da delação estão sob sigilo e garantiu que Élcio Queiroz seguirá preso.
“Sem dúvidas, há participação de outras pessoas no crime. Isso é indiscutível. Os fatos, até agora revelados, e as provas colhidas indicam isso. Indicam uma forte vinculação dos homicídios, principalmente, o da vereadora Marielle, com a atuação das milícias e o crime organizado. Até onde vai isso, as próximas etapas da investigação irão revelar”, detalhou Dino, em coletiva de imprensa em Brasília.
O ministro disse, ainda, que o esclarecimento definitivo do crime dará uma proteção política, principalmente das mulheres. Ele afirmou que a elucidação faz parte de uma iniciativa do governo de esclarecer os crimes e combater a impunidade.
“Não existe crime perfeito. Não existe crime insolúvel. Quando o crime tem muitos anos de execução, é claro que a investigação é mais complexa. Mas, os passos que estão sendo dados mostram que estamos próximos de esclarecer esse bárbaro crime. Então, todas as pessoas que forem reveladas, com provas, serão entregues ao poder judiciário para julgamento. Outras novidades, com certeza, ocorrerão nas próximas semanas”, concluiu Dino.