Um dos casos mais emblemáticos da polícia mineira completa um ano nesta terça-feira (1º): o desaparecimento da menina Bárbara Victória. A criança de 10 anos foi raptada, estuprada e morta no bairro Mantiqueira, região de Venda Nova, bem no limite com Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Ela desapareceu no dia 31 de agosto quando saiu para comprar pão em uma padaria do bairro e teve o corpo encontrado em um campo de futebol no dia 2 de agosto.

O principal suspeito do crime, Paulo Sérgio de Oliveira, de 50, tirou a própria vida no dia 3 de agosto. Ele que foi visto nas imagens caminhando ao lado de Bárbara e o material genético colhido dele bateu com o DNA encontrado no corpo de Barbara.

Passado um ano do crime, a família de Bárbara tenta sobreviver em meio a dor, a saudade e as lembranças da filha. Na casa humilde no bairro Jardim Europa, chama a atenção na parede da sala uma foto grande de Bárbara com o vestido de princesa. “Ela não queria tirar essa foto e eu insisti. Mas não tivemos a chance de colocar o quadro na parede com ela em vida”, se emocionou a mãe, Luciene Vitalino.

Sorridente e brincalhona, Bárbara era uma menina muito carinhosa. “Ela me abraçava toda hora, me beijando toda hora. Era minha princesa. Agora, eu só posso carregar a lembrança dela”, disse.

A família ainda lida com perguntas sem respostas sobre o caso da menina. “Não parece que passou um ano, parece que foi ontem. O coração está apertado, está triste. A irmã pergunta onde está a Bibi”, conta o pai Rogério Rodrigues.

Na avaliação dos pais, a polícia falhou no caso da filha. “O caso não foi investigado direito. Ele foi preso na segunda e o soltaram à noite. Na terça-feira, acharam o corpo. Onde Bárbara estava se a polícia entrou na casa dele?", questionou.