JOVEM PRESO POR MATAR IDOSA DEBOCHA DO CRIME
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Publicado em 04/08/2023

O jovem preso por matar e enterrar uma idosa no quintal da casa dela em Barretos, no interior de São Paulo, debochou do crime ao chegar à delegacia, na tarde de quinta-feira (3). Leonardo Silva, de 18 anos, tinha sido preso pela manhã em Frutal, no Triângulo Mineiro.

Na porta da delegacia, ao falar com a imprensa, ele disse que se divertiu com o crime e que não se arrepende de ter matado Nilza Costa Pingould, de 62 anos. Silva também afirmou que não sente nada pela vítima e que valeu à pena o crime.

“Matei, gente, por diversão também. Estava [com raiva], por muitas coisas. Minha vida é uma série. Eu vou matar e vou me arrepender depois? Então não adiantava eu matar. Que bandido é esse?", falou em tom de deboche.

O corpo da vítima foi encontrado na terça-feira (1º). Os vizinhos estranharam o sumiço da moradora e a casa trancada por uma semana e acionaram a polícia. Investigadores perceberam a terra remexida no quintal e, ao verificar, encontraram o corpo da mulher enterrado.

Conforme a polícia, o suspeito tinha se apresentado para a vítima como uma travesti e foi acolhido por ela, que o deixou morar nos fundos da casa. A polícia trata o crime como latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

Em depoimento à polícia, o suspeito afirmou que a vítima o contratou para fazer serviços domésticos, fazendo com que ele pedisse demissão do emprego anterior. Porém, segundo a versão dele, o combinado foi desfeito porque ela não gostou do trabalho dele.

A polícia informou que o suspeito alegou vingança, já que tinha ficado sem renda e sem lugar para morar com o fim do acordo. Com isso, ele passou a premeditar o crime. Na madrugada de 24 de julho, pulou o muro da casa, se escondeu no quarto dos fundos e, ao amanhecer, atacou a vítima com o fio e matou por asfixia.

De acordo com a polícia, ele permaneceu na casa por alguns dias e teve acesso às contas bancárias da vítima. Ele comprou uma moto e chegou a alugar um apartamento em Barretos com o dinheiro da idosa.

Até mesmo a pá que usou para cavar o quintal, ele comprou com recursos da mulher, informou a polícia. O corpo foi enterrado no quintal em 27 de julho, três dias depois da morte.

A polícia vai pedir a conversão da prisão do suspeito para preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

 

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