Passa de 22 horas a situação da delegada da Polícia Civil que está em um possível surto psicótico no apartamento onde ela mora, no bairro Ouro Preto, região da Pampulha, em Belo Horizonte. Desde às 9h dessa terça-feira (21), agentes da PC tentam negociar a saída da delegada, de 38 anos. Porém, ela se nega a sair do local. Pelas redes sociais, a policial disse que está sendo coagida e assediada.
Lotada em uma delegacia de Belo Horizonte, a policial estava afastada de suas funções para tratamentos psiquiátricos e retornaria ao trabalho nesta quarta-feira (22). A delegada transmitiu, via redes sociais, diversas mensagens e vídeos afirmando não estar em surto ou com intenções de se matar.
Tiros
O momento mais tenso foi registrado no final da manhã dessas terça (21), quando agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil negociavam a entrega de uma arma da delegada. Na versão dela, dada pelas redes sociais, um dardo tranquilizante teria sido disparado pelos policiais, o que a fez atirar contra os policiais. Ninguém ficou ferido. A Polícia Civil afirmou que os disparos aconteceram, sem mais detalhes.
Mãe
A mãe da delegada, que mora no Paraná, chegou a BH durante a noite dessa terça (21). Ela esteve no prédio, mas não foi recebida pela filha. Também pelas redes sociais, a delegada chamou a mãe de ‘sem noção’ e ‘desequilibrada’. Acompanhada do advogado Bruno Correa, a mãe saiu do prédio já na madrugada desta quarta-feira sem falar para a imprensa.
Condecoração
Fotos das redes sociais mostram a delegada condecorada pelo governador Romeu Zema (Novo) como a melhor aluna de um curso promovido pela Polícia Civil. Ela também escreveu artigos sobre segurança pública e mulheres delegadas para um livro publicado em 2021.
Nota da PC
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que encontra-se em andamento ocorrência envolvendo uma delegada da instituição, que desferiu disparos com uma arma de fogo dentro de uma residência, no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (21/11). Não houve feridos e a situação segue sendo acompanhada pelas equipes de negociação da PCMG, com auxílio do Centro de Apoio Biopsicossocial da Polícia Civil, Corregedoria Geral de Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).