MÉDICO EXPLICA MORTE DE CANTOR SERTANEJO JOÃO CARREIRO
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Publicado em 05/01/2024

Durante o programa Chamada Geral desta quinta-feira (04), o médico cardiologista Alan Max explicou à Itatiaia a morte do cantor sertanejo João Carreiro, de 41 anos, na noite de ontem (3), em Campo Grande (MS).

O sertanejo não resistiu a uma cirurgia para colocar uma válvula no coração. Ele sofria de um quadro de prolífico de válvula mitral - uma condição médica relacionada às válvulas do coração.

Nesse caso, a válvula mitral não fecha corretamente, o que pode levar a sintomas como palpitações, falta de ar e fadiga.

“As válvulas ficam mais frouxas e vai causando uma insuficiência. Ela (a válvula) vai ficando mais aberta e aquilo sobrecarrega o coração”, disse o cardiologista Alan Max no Chamada Geral.

“Quando tem uma sobrecarga importante, o coração às vezes começa a crescer um pouquinho. Ele está sofrendo pela insuficiência, e você tem que trocar aquela válvula ou mesmo repará-la. E isso requer uma cirurgia cardíaca”, explicou.

De acordo com o doutor Alan Max, a cirurgia para curar a doença é de alto risco. O procedimento envolve serrar o osso, abrir o peito e parar o coração do paciente.

“Você coloca uma circulação extracorpórea, que cânula na veia horta e na parte de cima do coração. E fica um coração artificial circulando sangue. Enquanto isso, você injeta um remédio para o coração para (de bater). O coração fica parado durante a cirurgia e, nisso, você troca a válvula. Então, não é uma cirurgia simples”, explicou.

“Depois que acaba a cirurgia, você tem que fazer o coração voltar a bater e tirar essa circulação extracorpórea. O paciente vai para o CTI e faz o pós-operatório”, acrescentou.

Segundo o cardiologista, o cantor João Carreiro, provavelmente, teve uma complicação durante a cirurgia, que é de alto risco.

“Muita calma nessa hora”

Por outro lado, Alan Max tranquilizou os ouvintes diagnosticados com quadros discretos ou leves de prolífico de válvula mitral.

“Tem que esclarecer muito bem isso, porque vários exames de ecocardiograma que são feitos vão aparecer: prolífico de válvula mitral discreto/leve. O que é isso? Nada. Senão, vai ficar todo mundo louco”, destacou o doutor.

“Provavelmente, no caso do cantor (João Carreiro), para chegar ao ponto da cirurgia, já era um quadro de prolapso valvar grave. Nesses casos, acabam tendo uma sobrecarga do coração e tem que trocar a válvula”, explicou.

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