SE TORNOU RÉU FUNKEIRO SUSPEITO DE VENDER IPHONE DE ARGILA
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Publicado em 19/05/2024

A Justiça aceitou a denúncia contra o funkeiro de 31 anos que foi preso no fim de abril suspeito de vender ‘iPhones de argila’ para um casal na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Com a decisão, o investigado conhecido como ‘MC Dugaaoo’ passa a responder por extorsão e ameaça (relembre o caso no fim da matéria).

A decisão é assinada pelo juiz Milton Lívio Lemos Salles, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte. ‘MC Dugaaoo’, que agora passa a responder judicialmente pelo crime, tem 10 dias para responder à acusação por escrito. O acusado segue preso desde 25 de abril, dia da operação.

iPhones de argila

‘MC Dugaaoo’, de 31 anos, foi preso nesta quinta-feira (25) pelo crime de extorsão, após vender ‘iPhones de argila’ para um casal na região do Barreiro, em Belo Horizonte. O mandado de prisão preventiva foi cumprido durante a ‘Operação João de Barro’, pela Polícia Civil de Minas Gerais, no bairro Camargos, na região Noroeste da capital. O suspeito tem quase 300 mil seguidores nas redes sociais.

Segundo as investigações da equipe da 1ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, a vítima, de 36 anos, negociou a compra de dois celulares no valor total de R$ 13 mil anunciados pelo suspeito por meio de página de rede social. Ela entrou em contato com o vendedor e um ponto de encontro para a transação foi definido pelo investigado.

No dia do crime, em fevereiro deste ano, o funkeiro entregou as duas caixas lacradas à vítima, que, ao receber os produtos, quis conferi-los. Porém, quando tentou abrir uma das caixas, o investigado afirmou que ela não deveria tirar o lacre e começou a ameaçar ela e o companheiro dela, de 29 anos.

Segundo detalhes da ocorrência, o homem afirmou que estava armado e que a mulher deveria realizar o pagamento via PIX imediatamente. A vítima realizou a transferência do valor para a conta de um terceiro. Logo depois, o suspeito fugiu em um veículo. Após o golpe, o casal abriu as caixas e se deparou com dois iPhones feitos de argila.

Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (25), os delegados da Polícia Civil Gislaine Rios e Gabriel Teixeira afirmaram que o suspeito negou o crime. A polícia afirmou que não há informações de outras vítimas. Após os procedimentos de polícia judiciária, o indivíduo foi encaminhado ao sistema prisional e está à disposição da Justiça.

‘O autor negou a autoria do crime, alegando que tinha desconhecimento do que se tratava. Mas, ele não quis devolver o valor repassado pela vítima e tirou o valor da conta bancaria logo que recebeu. Então, há vários elementos que caminham para o indiciamento do autor pelo crime de extorsão’, disse o delegado.

Defesa do investigado

A defesa do investigado procurou a Itatiaia e se manifestou sobre o caso. Veja a nota:

‘Diante dos noticiários vinculados pela imprensa, a assessoria jurídica da parte acusada vem se posicionar. Os fatos alegados serão, em tempo oportuno, devidamente esclarecidos no decorrer do processo judicial, buscando comprovar sua inocência quanto às acusações sofridas.

Em primeiro lugar, as investigações estão em andamento e não houve um aumento algum, recusa por parte do investigado para que estas ocorressem, muito pelo contrário, este sempre demonstrou colaboração efetiva em todas as diligências.

Ademais, é importante frisar que qualquer conclusão nesse momento, será meramente especulativa e temerária.

O acusado se resguarda ao direito de se manifestar no momento processual adequado, sobre o que for necessário para elucidação dos fatos e demonstração da verdade.

Além disso, se coloca desde já a disposição da justiça, colaborando o que for necessário para restabelecer o sentimento de paz e segurança, pois para ele o importante é comprovar sua inocência’.

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