BRIGADEIRÃO ENVENENADO O QUE SE SABE DO CASO
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Publicado em 31/05/2024

A Polícia da 25ª Delegacia Policial de Engenho Novo, no Rio de Janeiro, investiga há 10 dias a morte de Luiz Antônio Ormond, encontrado morto no apartamento onde vivia. O caso envolve um brigadeirão envenenado, a namorada de Luiz, uma cigana e uma suposta dívida de R$ 600 mil.

Os investigadores acreditam que o crime foi premeditado. A principal suspeita do crime, a namorada da vítima, está foragida. Confira as informações já divulgadas sobre o caso.

Cena do crime

O corpo do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado em estado avançado de decomposição no dia 20 de maio. A descoberta foi feita no apartamento onde ele morava, no bairro Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro.

O corpo foi encontrado sentado no sofá da sala do apartamento. Ao lado dele, foram achadas cartelas de morfina. Além disso, havia dois ventiladores ligados, um no teto e outro no chão, em direção à janela.

Investigações

A partir da descoberta do corpo por vizinhos, que reclamaram de um cheiro forte, a Polícia Civil foi acionada. Com isso, as investigações tiveram início no dia 20 de maio.

De acordo com o laudo do Instituto Médico-Legal do Rio, Luiz morreu de 3 a 6 dias antes do corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva para marcas e lesões, mas exames complementares foram solicitados e estão em execução.

Além disso, o laudo da necrópsia não conseguiu determinar a causa da morte. No entanto, os peritos identificaram uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo do homem.

Assim, os investigadores suspeitam que Luiz tenha sido assassinado após comer um brigadeirão envenenado. Isso porque o homem foi visto pela última vez, no dia 17 de maio, pelas câmeras de segurança do elevador do prédio em que morava, com a namorada, segurando um prato coberto por papel alumínio.

Quem é a suspeita?

A polícia considera Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada de Luiz, como principal suspeita do crime. Segundo os investigadores, ela teria interesse nos bens da vítima.

Ela foi intimada a depor dois dias após o cadáver ter sido encontrado e disse à polícia que saiu da casa de Luiz na segunda-feira (20), após uma briga no domingo (19). Porém, Júlia afirmou que ele estava bem e que chegou a preparar o café da manhã para ela.

Também foi apurado pela Polícia que, 9 dias antes das imagens do elevador, Júlia foi até uma farmácia e pediu medicamentos de uso controlado.

Há outros envolvidos?

Segundo a polícia, além de Júlia, há outros envolvidos no caso. Suyany Breschak, que se apresenta como cigana, ajudou Júlia a planejar a morte de Luiz. Suyany foi presa na noite de terça-feira (28), em Cabo Frio.

Conforme relato de Suyany, ela era mentora de Júlia e realizava “trabalhos de limpeza”. A mulher afirma que Júlia tem uma dívida de R$ 600 mil com ela pela realização desses serviços.

Suyany disse em depoimento à polícia que Júlia, por telefone, teria dito que o empresário estava morto. Ela teria confessado que usou lençóis e cobertores para enrolar o corpo. A namorada teria ligado ventiladores para minimizar o cheiro no apartamento e lavado o local com água sanitária, pois urubus estavam aparecendo na janela.

Suposta confissão e prisão

Para Suyany, Júlia teria admitido que triturou e colocou 50 comprimidos de um remédio para dor no brigadeirão dado para o empresário. O advogado dela nega a participação no crime.

Suyany foi presa por suspeita de participação no crime e por ter recebido bens da vítima, segundo a polícia. Júlia está foragida. Um amigo de Suyany também foi preso, após ser encontrado com o carro de Luiz.

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