Advogados e outras autoridades dos Estados Unidos tentam impedir que Robert Roberson seja executado pelo assassinato da filha, de dois anos, no Texas. O homem já foi condenado e está com a execução marcada para quinta-feira (17), mas o grupo alega que ele é inocente, segundo a Associated Press.
Em 2002, ele levou a filha, Nikki Curtis, ao hospital, afirmando que ela havia caído da cama enquanto dormia e, por isso, estava inconsciente e com os lábios azulados. No entanto, alguns médicos contestaram a afirmação alegando que os sintomas dela correspondiam a um trauma abusivo na cabeça, relacionado à síndrome do bebê sacudido.
Deputados, médicos, a defesa de Roberson e um ex-detetive que trabalhou no caso fazem parte do grupo, formado por 86 pessoas. Eles afirmaram, em carta enviada à Comissão de Indultos e Liberdade Condicional do Texas, que as lesões correspondiam a um quadro de pneumonia e não a um trauma na cabeça. Eles não negam que tenha ocorrido o abuso, mas afirmam que as evidências mostraram que a pneumonia foi o que causou o óbito.
Em 2003, durante julgamento, evidências constataram que a pneumonia não diagnosticada evoluiu para sepse. Segundo o grupo, os médicos se concentraram em concluir que houve abuso infantil devido ao sangramento ao redor do cérebro, inchaço cerebral e sangramento nos olhos e não se atentaram em considerar que quedas curtas e doenças que ocorrem naturalmente poderiam imitar uma lesão.
Robert deveria ter sido executado em 2016, mas o pedido de execução foi suspenso. O caso levantou um debate sobre a síndrome do bebê sacudido, sobre a falha ou não do diagnóstico e condenações justas ou injustas.