O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode passar por uma significativa reorganização ministerial no início de 2025, com pelo menos quatro ministros potencialmente sendo substituídos.
As mudanças previstas afetariam pastas cruciais do núcleo duro do governo, incluindo o Ministério da Saúde, a Secretaria Geral da Presidência, a Secretaria de Relações Institucionais e a Secretaria de Comunicação Social.
Na área da Saúde, os rumores sobre a substituição da ministra Nísia Trindade ganharam força nos últimos dias. O comando da pasta estaria sendo reivindicado pelo grupo do deputado Arthur Lira (PP), atual presidente da Câmara dos Deputados. No entanto, fontes indicam que o presidente Lula já teria manifestado sua intenção de não ceder o ministério.
Movimentações ministeriais
O nome mais cotado para assumir a Saúde seria o do atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é médico e já chefiou a pasta em governos anteriores do PT.
Esta mudança seria motivada pelo domínio de Padilha sobre os assuntos da área e pelo desgaste em sua atual função de articulação com o Congresso.
Na Secretaria Geral da Presidência, o ministro Márcio Macedo, responsável pela interlocução com movimentos sociais, também deve ser substituído. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, é mencionada como possível sucessora.
Alianças políticas e eleições futuras
As mudanças ministeriais também refletem movimentações políticas visando as eleições de 2026. O PSD, que já possui dois ministérios, pode ampliar sua participação no governo, considerando seu desempenho nas eleições municipais e sua importância como aliado.
Em Minas Gerais, especula-se sobre uma possível aliança entre PT e PSD para disputar o governo estadual, com nomes como o senador Rodrigo Pacheco e o ministro Alexandre Silveira sendo cogitados.
Na Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta pode deixar o cargo, possivelmente para assumir a liderança do governo na Câmara. Para seu lugar, o nome mais cotado é o de Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara e ex-secretário de comunicação no governo Dilma Rousseff.
Essas possíveis mudanças indicam uma reorganização estratégica do governo Lula, buscando fortalecer alianças políticas e ajustar o funcionamento de ministérios-chave para os desafios dos próximos anos.
