Dois projetos que impediriam a construção de um novo bairro no terreno do antigo aeroporto do Carlos Prates foram rejeitados pelos vereadores de Belo Horizonte nesta quarta-feira (11).
O primeiro projeto votado, o PL 867/2024, de autoria do vereador Bráulio Lara (Novo), previa a declaração do valor histórico, cultura, educacional, ecológico, aeroportuário e ambiental do terreno e o reconhecimento do aeroporto Carlos Prates como “símbolo do desenvolvimento, da formação de pilotos e da história da aviação em BH”.
O texto recebeu apoio de 12 vereadores, mas foi rejeitado por 25 parlamentares. Dessa forma, o projeto de lei foi barrado na Câmara de BH.
Outro projeto de lei que trata do antigo aeroporto Carlos Prates, o PL 636/2023, que altera a classificação de zoneamento do terreno, também foi barrado pelos vereadores: 26 votaram contra o projeto e 12 votaram a favor.
Projeto da PBH
Na semana passada, a prefeitura de Belo Horizonte detalhou a proposta de uso da área onde funcionava o antigo aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste da capital. A última etapa da proposta enviada pelo governo federal foi a construção de moradias - que foi aprovada na semana passada.
Ao todo serão 4.500 casas construídas e, pelo projeto, 70% devem ser de interesse social, enquanto 30% são de livre comercialização. De acordo com o Secretário adjunto de Política Urbana da PBH, Pedro Maciel, o novo bairro, que deve ter o nome escolhido por consulta pública, não será resumido apenas às unidades habitacionais.
O próximo passo do projeto do novo bairro no antigo Aeroporto Carlos Prates é a estruturação da modelagem econômica que, de acordo com a prefeitura, depende de mais diálogo com o governo federal e com o setor de construção civil. A previsão é que as obras sejam entregues em 2030.