Fabrício Bruno abriu o jogo sobre a negociação que selou sua saída do Flamengo rumo ao Cruzeiro. Em entrevista coletiva neste domingo (12), em Bradenton, na Flórida, nos Estados Unidos, o zagueiro foi sincero e detalhou os motivos da transação.
O camisa 15 revelou bastidores de sua relação com Filipe Luís. Segundo o jogador, o treinador do Rubro-Negro fez apontamentos sobre suas características de jogo e foi sincero sobre as oportunidades que teria na temporada.
“Eu tive sim uma conversa com ele. Ele foi muito claro, muito aberto. Acho que tem que ser dessa forma, muito transparente e honesto. Ele disse: ‘Fabri, tem algumas coisas em você que não se encaixam no meu perfil, mas a gente pode tentar melhorar’. E tudo bem, está tudo certo. Escolha do treinador, eu respeito. Nunca fui o cara de contaminar o grupo. Tenho nove anos de carreira, quem me conhece sabe”, externou o zagueiro.
“Eu prefiro chegar e ser direto. Eu fui direto com ele, e ele se posicionou. Tudo certo. São escolhas. Amo o Filipe de coração. Filipe é um cara que tenho enorme carinho e respeito”, apontou.
O defensor negou que tenha se desentendido com o treinador durante o processo de negociação. Fabrício Bruno ressaltou que Filipe Luís o desejou boa sorte e que ambos mantém bom relacionamento.
“É um cara que tenho enorme carinho e respeito. Muita coisa é falada, que é mentira, que teria brigado com ele. Se perguntar para ele, também vai desmentir. Nunca tive problema com nenhum treinador”, destacou o defensor.
“Posso ler a mensagem que ele me mandou anteontem, me desejando sorte, dizendo o quanto fui importante para ele no fim do ano passado, com o título da Copa do Brasil. Ele disse: ‘Fabrício, se você soubesse o quanto foi importante para mim. Só tenho a te agradecer por tudo que fez, seja feliz, porque você merece’. Talvez se eu tivesse algum problema com ele, não me mandaria essa mensagem. Tenho um ótimo relacionamento com o Filipe”, cravou.
Fabrício garantiu que a saída do Flamengo não aconteceu por responsabilidade do treinador, e sim pela necessidade que sentiu de ter novos desafios.
“A mudança não se dá pela opção dele. Ela se dá por uma estratégia de carreira, de estar em um clube gigante que é o Cruzeiro. Viver coisas grandes no clube do coração, voltar a Belo Horizonte. A oportunidade de brigar por grandes títulos, da mesma forma que teria lá, também vou ter aqui. Estão nos mesmos patamares os clubes, pelas potências que são, pelos elencos que têm”, finalizou.