Quem é ‘Dama do Crime’, que chefiava tráfico e tinha relação com Pcc
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Publicado em 05/02/2025

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã de terça-feira (4), a Operação Asfixia, que investiga uma quadrilha em Palmas, capital do estado, por tráfico de drogas. O grupo criminoso seria ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão (sendo nove mulheres e seis homens) nos dois estados e dois suspeitos seguem foragidos. A polícia também cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e 20 ordens de bloqueio de contas bancárias. A investigação aponta que a quadrilha movimentou cerca de R$ 20 milhões em dois anos.

Segundo a corporação, a pessoa responsável por chefiar as ações do grupo no Tocantins é Lúcia Gabriela Rodrigues Bandeira, de 25 anos. A jovem é mencionada como “Dama do Crime” em mensagens trocadas pelo criminosos.

Em entrevista à CNN, o delegado Alexander Costa, da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc-Palmas), afirmou que Lúcia era o elo entre os traficantes locais e uma célula do PCC em São Paulo. A polícia acredita que a mulher mantinha uma loja de roupas virtual para “disfarçar” a atuação como líder da quadrilha.

Segundo o delegado, a “Dama do Crime” recebia, pelo menos desde o fim de 2023, a droga vinda de São Paulo e a distribuía por todo o estado do Tocantins. Os entorpecentes eram enviados por meio de “formigas”, nome dado a pessoas que levam drogas de ônibus para outros estados.

Quando os entorpecentes chegavam ao Tocantins, Lúcia armazenava a droga em casas localizadas na cidade de Paraíso, a cerca de 60 km de Palmas. Os imóveis eram monitorados por câmeras de segurança e a célula do PCC em São Paulo tinha acesso às imagens.

A jovem distribuía a droga para traficantes locais, identificados como “lojistas”, e cobrava uma prestação de contas. Lúcia reunia as informações em uma planilha e enviada para o PCC. A organização criminosa foi descrita como “empresarial” pela polícia.

A “Dama do Crime” foi presa em dezembro do ano passado. Mesmo presa, ela foi alvo de um mandado de prisão preventiva cumprido nesta terça-feira (4). Procurado pela CNN, o advogado Barcelos Filho, que atua na defesa de Lúcia Gabriela, disse que apura as informações sobre a acusação. “A defesa ainda não tem conhecimento sobre os detalhes da investigação na íntegra”, afirmou.

*Com informações de CNN Brasil

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