Pf abre investigação contra ONG suspeita de irregularidade na distribuição de Marmitas
Publicado em 07/02/2025 11:08
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A Polícia Federal deve iniciar investigações sobre denúncias que apontam irregularidades na execução do programa Cozinha Solidária, iniciativa do governo federal que distribui marmitas à população carente. O pedido de apuração foi realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, após denúncia veiculada pelo jornal ‘O Globo’.

Segundo o jornal, o programa contratou a ONG Mover Helipa para coordenar a distribuição de marmitas em São Paulo. A organização, comandada por José Renato Varjão – com histórico de atuação para o deputado federal Nilto Tatto e para o deputado estadual Ênio Tatto, ambos do PT-SP –, por sua vez, terceirizou a execução do serviço para diversas outras cozinhas solidárias na capital paulista, muitas delas vinculadas a atuais ou ex-assessores de parlamentares petistas.

Segundo o contrato firmado, estavam previstas a entrega de 4.583 refeições mensais durante um ano. Contudo, a reportagem revelou que muitas das unidades responsáveis pela produção e distribuição dos alimentos não possuem a estrutura adequada para a execução das atividades. Em alguns casos, as organizações sequer entregaram as marmitas ou realizaram entregas muito aquém do previsto em contrato.

Em resposta às denúncias, o Ministério de Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à Fome informou que “as denúncias apontadas estão sendo objeto de averiguação” e que uma equipe já foi encaminhada a São Paulo para vistoriar todas as unidades denunciadas. Os parlamentares citados também negam contato com as ONGs.

O contrato, que movimenta cerca de R$ 5,6 milhões, passa agora a ser examinado pela Polícia Federal, que deverá verificar a regularidade da contratação das ONGs e a efetiva distribuição das refeições à população de rua.

O caso também repercutiu na oposição ao governo no Congresso. Desde que a denúncia foi apresentada, parlamentares já protocolaram pedidos de investigação na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o programa Cozinha Solidária.

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