Médico condenado por matar ex em Nova Lima é denunciado em Goiás
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Publicado em 19/02/2025

O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior, condenado por matar a ex-mulher em Nova Lima, na Grande BH, foi denunciado por abusar sexualmente de uma adolescente de 17 anos, em Goiânia. Conforme a denúncia oferecida ao Ministério Público de Goiás, o homem teria praticado o crime dentro de um hospital da cidade, quando a jovem procurava por tratamento durante uma dor de estômago.

Na década de 1990, Magda Maria foi internada para tratar dores abdominais, porém, por não aceitar que ela tivesse relacionamento com outro homem, Alfredo foi até o leito e dopou a mãe da vítima com um suco e aplicou álcool no soro da ex-mulher. Ele foi condenado em 2011 e recebeu o direito de recorrer da decisão em liberdade. Após a decisão, ele se mudou para Goiânia e, em 2015, Alfredo Carlos foi preso em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, enquanto realizava uma palestra.

O atendimento da adolescente aconteceu em março de 2023 e ela estava acompanhada da mãe. Ainda segundo a denúncia, Alfredo Carlos teria solicitado exames como endoscopia e ultrassom endovaginal. Durante o processo, os resultados dos exames foram levados ao médico e segundo Alfredo, a jovem foi diagnosticada com "útero invertido”. No momento da consulta, o médico chegou a pedir a adolescente para retirar a blusa e se deitasse na maca para corrigir a posição do útero no local.

“Em seguida, o denunciado colocou uma luva e introduziu os dedos na vagina da ofendida, manipulando o órgão genital por cerca de um minuto e meio, sob o pretexto de que estaria ‘colocando o útero no lugar’”, afirmou o texto.

Conforme o MP, a mãe da menina pediu para que Alfredo parasse com a prática, já que a jovem sentia dor. No momento ele parou e disse que havia colocado o útero no lugar. A mãe e a adolescente chegaram a procurar um ginecologista, que informou que o procedimento não é comum e que não tinha respaldo técnico, segundo o órgão.

Alfredo Carlos já foi denunciado por outras pacientes por práticas semelhantes, “o que demonstra a habitualidade e a gravidade de sua conduta”. As informações são do g1.

O Ministério Público Chegou a pedir a prisão do médico, porém, foi negada pela Justiça, que alegou que os argumentos usados foram genéricos e que se basearam no depoimento da suposta vítima e da mãe.

O juiz Marlon Rodrigo Alberto dos Santos determinou que Alfredo Carlos está proibido de exercer a medicina, além de não estar autorizado a sair de Goiânia por mais de oito dias sem autorização judicial. Ele também deve permanecer em casa entre as 22h e 6h. A proibição do exercício da medicina fica a cargo Cremego, diz a decisão judicial.

 

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