Trabalhadora que gravou assédio sexual receberá R$ 10 mil em Mg
De acordo com a vítima, o homem “passou as mãos em suas pernas, manipulou seu órgão genital e lhe mostrou vídeo pornográfico’’
Publicado em 07/05/2025 09:08
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A Justiça do Trabalho condenou uma indústria de embalagens plásticas da cidade de Uberlândia (Triângulo Mineiro) a indenizar com R$ 10 mil uma ex-empregada que sofreu assédio sexual por parte do chefe.

Na ação, a trabalhadora contou que, em 7 de outubro de 2022, foi informada de que estariam precisando de seus serviços em outra unidade da fábrica. O gerente se ofereceu para levá-la no veículo da empresa, mas mudou o trajeto, dizendo que lhe mostraria um bairro. Ao passar por local ermo e escuro, parou o veículo e praticou o abuso.

De acordo com a vítima, o homem “passou as mãos em suas pernas, manipulou seu órgão genital e lhe mostrou vídeo pornográfico, entre outros dizeres. Ficaram mais de uma hora neste local. Ele pediu para que mentisse sobre onde estiveram”.

Em outra ocasião, o chefe teria passado a mão em suas costas, fazendo perguntas sobre o final de semana. No dia 11 do mesmo mês, o gerente disse que estariam precisando dos serviços em outra unidade. O abuso se repetiu, mas dessa vez, porém, a autora gravou toda a conversa.

O áudio gravado convenceu o relator. “Houve investidas inoportunas de natureza sexual contra a reclamante por parte de seu superior hierárquico, expondo a autora a humilhações severas, inaceitáveis no ambiente de trabalho”, registrou no voto.

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