O senador Fabiano Contarato (PT-ES) justificou, nesta sexta-feira (16), sua assinatura no pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema de fraudes no INSS.
A decisão foi tomada sem consulta prévia ao governo e pegou de surpresa aliados do presidente Lula, que vinha tentando barrar o avanço da investigação no Congresso.
Em nota, Contarato afirmou que é favorável a uma apuração rigorosa dos fatos e defende punição exemplar para os envolvidos, “doa a quem doer”.
O senador destacou que o esquema teve início em 2019, ainda no governo de Jair Bolsonaro, e só foi desarticulado neste ano, com a operação ‘Sem Desconto’, coordenada por órgãos de controle da atual gestão.
“Não é possível tratar com leniência uma estrutura que, ao longo de anos, permitiu que associações descontassem indevidamente valores dos benefícios de pessoas que dependem da Previdência para viver com dignidade”, declarou o parlamentar.
Diante da movimentação no Senado e da crescente pressão política, o presidente Lula se reuniu com ministros e líderes da base aliada para discutir uma estratégia de contenção da CPMI e tentar evitar novos desgastes para o governo.