A menina de 8 anos que caiu do quarto andar de um prédio no Parque Três Meninos, em Sorocaba (SP), na madrugada do dia 7 de fevereiro deste ano, já se recuperou totalmente dos ferimentos e voltou a andar. O inquérito da Polícia Civil que investiga as causas do incidente continua em andamento.
Na época, a criança ficou internada por 11 dias no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). No dia 7, a paciente deu entrada no CHS e esteve sob sedação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela passou por uma cirurgia no fêmur e no tornozelo.
De acordo com o advogado da família, Cassiano Moreira, a menina está bem e vai ficar na casa da mãe em São Paulo enquanto a família aguarda a conclusão do inquérito.
A investigação ouviu a madrasta, o pai, a mãe, o porteiro, o síndico do condomínio e vizinhos. O caso é tratado como queda acidental e segue sob apuração da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
A criança, o pai e a madrasta moravam no condomínio desde novembro de 2018. O homem tem a guarda compartilhada da menina com a mãe dela. Na ocasião, o imóvel passou por perícia e foi liberado pela polícia.
Queda de 15 metros
A tela de segurança do apartamento foi encontrada cortada. Segundo o relato da madrasta à polícia, a criança teria cortado a tela de proteção sozinha com uma tesoura e pulado da sacada, que tem 15 metros de altura.
Segundo o advogado, a criança já prestou depoimento à polícia e não deu detalhes sobre o ocorrido.
Câmeras de segurança
O sistema de monitoramento do prédio registrou o desespero da madrasta logo após encontrar a enteada caída no chão (assista acima).
No vídeo é possível ver o momento em que a mulher e o pai da menina descem pelo elevador, por volta das 4h. À polícia, a madrasta disse que neste horário havia ido levar o marido ao trabalho, como de costume, e a enteada ficou sozinha no apartamento.
Em seguida, o casal entra tranquilamente no elevador, conversa e o homem até toma um iogurte durante o trajeto. Na imagem seguinte, por volta das 4h30, a madrasta retorna visivelmente desesperada e entra no elevador falando ao celular, leva uma das mãos à cabeça e parece chorar.
Segundo o porteiro do prédio, esta rotina se repetia toda madrugada desde que a família se mudou para o prédio, dois meses antes do incidente.