EX ACUSADO DE MATAR PRIMA DE TATIANE SPITZNER PEGA 78 ANOS
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Publicado em 04/06/2019

Um homem acusado de matar a ex-mulher e de tentar matar cinco familiares da vítima, em Cantagalo, na região central do Paraná, foi condenado a 78 anos e cinco meses de prisão, em júri popular realizado nesta segunda-feira (3), no fórum da cidade. O julgamento durou cerca de 15 h.

Alceu Xavier da Silva, de 36 anos, era réu pela morte da ex-companheira Marcia Spitzner, de 30 anos, na noite de 1º de fevereiro de 2017, no bairro Vila Lima, em Cantagalo.

Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, dificultar a defesa da vítima e feminicídio), por mais cinco tentativas de homicídio contra familiares da vítima - pai, mãe, duas irmãs e cunhado - e por porte ilegal de arma de fogo.

A vítima é prima da advogada Tatiane Spitzner, que morreu em julho de 2018, em Guarapuava, também na região central do Paraná. O marido, que está preso, é réu pela morte dela.

Alceu foi preso há 1 ano e 10 meses. Junior Ribeiro, advogado dele, afirmou que o feminicídio é um fato que o réu cometeu e que a defesa não se opõe.

"Porém, os demais fatos, como as cinco tentativas contra a família, mais as qualificadores, não se sustentam", disse. Após a sentença, a defesa informou que vai recorrer da condenação pelas qualificadores de motivo fútil e dificultar a defesa da vítima.

Nove testemunhas foram ouvidas durante o julgamento, além do interrogatório do acusado, que confessou ter matado a mulher.

Lucimara Spitzner, uma das irmãs da vítima, contou que no começo o casal aparentava ter um relacionamento legal, mas que com o passar do tempo Marcia relatou sofrer ameaças.

"Ela me confidenciava das ameaças que sofria. Ameaçava ela com armas de fogo, levava em cemitério", disse.

O crime

De acordo com a denúncia, o réu foi até a casa da família da vítima, por volta das 21h, e atirou seis vezes contra a mulher - com uma pistola calibre 380 - na frente dos familiares.

O MP-PR aponta que a vítima descobriu que o réu matinha um relacionamento extraconjugal e, por isso, havia terminado o relacionamento de sete anos com o homem. A investigação indicou que o acusado não aceitou o fim da relação.

Porém, conforme a promotoria, ele fingiu aceitar o término passando o dia do crime em companhia dos familiares da mulher "conquistando a confiança da vítima e seus familiares até atraí-la para as proximidades de seu veículo".

Segundo a denúncia, após atrair a mulher para perto do carro, ele simulou que arrumava o banco do veículo para alcançar a arma escondida embaixo do banco. Depois, ainda de acordo com o MP-PR, o réu atirou na direção da vítima e dos familiares.

A denúncia afirma também que o acusado ao sacar a arma disse: "Vou terminar um serviço".

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