A Justiça decidiu internar na Fundação Casa três alunos detidos por suspeitas de ameaçar uma professora e vandalizar uma sala de aula da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, no dia 31 de maio em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Vídeos feitos por celulares gravaram os atos de vandalismo.
Por determinação da Vara da Infância e Juventude, outros seis estudantes que haviam sido apreendidos pela Polícia Civil foram liberados. Ainda por decisão judicial, outro aluno identificado pela investigação não foi detido.
O Ministério Público (MP) informou que irá recorrer da decisão da Justiça. A Promotoria da Infância e Juventude pedirá a internação dos dez estudantes envolvidos na ameaça e vandalismo. O grupo tem entre 12 anos a 15 anos de idade e foi suspenso da escola.
Nove dos alunos investigados tinham sido apreendidos na última segunda-feira (3) pelo 1º Distrito Policial (DP) de Carapicuíba. Segundo a investigação, eles foram identificados nas imagens que circulam nas redes sociais.
Na terça-feira (4), eles foram ouvidos em audiência judicial, que determinou a apreensão de três deles e a liberação dos outros seis para seus pais. O décimo estudante foi identificado, mas não foi levado à Justiça.
Fundação Casa
Os três garotos detidos como infratores serão internados numa das unidades da Fundação Casa. Lá eles irão cumprir medidas socioeducativas. Até a publicação desta matéria, eles estavam detidos na delegacia de Barueri, também na região metropolitana, aguardando uma vaga na fundação.
Tribunal de Justiça (TJ) e Ministério Público não informaram ao G1 por quanto tempo os adolescentes ficarão apreendidos. Geralmente o tempo inicial de internação é de 45 dias, sendo possível prorrogar esse prazo.
O processo do caso terá continuidade na Justiça com o depoimento da vítima e testemunhas. A professora ameaçada tem 45 anos e dá aulas de português e inglês para o sétimo ano da escola em Carapicuíba.
De acordo com a polícia, os alunos detidos admitiram ter ameaçado a professora e cometido o vandalismo na sala de aula.
As cenas dos vídeos que circulam nas redes sociais mostram os estudantes jogando livros em direção à professora e cadeiras e mesas no chão.