Uma estudante de 13 anos foi baleada dentro de uma escola na manhã desta quinta-feira (6), no conjunto Viver Melhor I, na Zona Norte de Manaus. Outra aluna, de 15 anos, foi detida por suspeita de ter atirado. A jovem foi atingida no pé e tem quadro de saúde estável.
O caso ocorreu por volta das 9h na Escola Estadual Socorro Pacheco Braga. Os alunos do colégio estavam nas salas de aula e só ouviram o disparo, segundo uma amiga da vítima.
"Faltava pouco tempo para o intervalo quando aconteceu tudo. Só ouvi o barulho dos tiros, os alunos correndo e trancaram as salas com a gente dentro. Então eu liguei pra minha mãe vir me buscar. Depois vi a menina sendo carregada pelo policial com muito sangue no pé", disse a aluna, que não quis se identificar.
Segundo a Polícia Militar, a estudante suspeita de ter atirado, em depoimento inicial, disse ter disparado a arma acidentalmente.
"Ela nos informou que encontrou essa arma ontem no condomínio dela, no Viver Melhor e hoje levou para o colégio e ficou manuseando dentro da sala de aula. Ela disse que não teve a intenção de atirar, que foi acidental", disse o sargento da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que atendeu o caso.
A adolescente baleada foi socorrida e levada para o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na Zona Norte da capital.
Instrutor também é detido
Ainda de acordo com policiais, o instrutor de um programa da escola, de 38 anos, também foi detido. Ele escondeu a arma do crime após o ocorrido.
"A estudante [que atirou] nos informou que alguém já havia levado o revólver. Em seguida, instrutor do colégio, vinha saindo do banheiro e a arma se encontrava na cintura dele", completou.
O instrutor do programa educacional da escola alegou que pegou a arma do local para entregar ao diretor da escola.
O caso foi encaminhado ao 26° Distrito Integrado de Polícia (DIP). A aluna suspeita de ter atirado será encaminhada para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI). Não há informações do estado de saúde da vítima.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) informou que presta assistência às famílias e esclarece que caso é isolado.