O policial militar reformado Ronnie Lessa participa nesta sexta-feira (7) de uma audiência sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ronnie, preso desde março, foi denunciado como o autor dos disparos.
Ronnie está preso em Mossoró (RN) e falará por videoconferência. O ex-PM Élcio de Queiroz também está sendo acusado do crime. Ele é apontado como o motorista do carro do atentado.
De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-MP), o crime foi meticulosamente planejado durante três meses.
A investigação aponta que Ronnie fez pesquisas na internet sobre locais que a vereadora frequentava. A polícia afirma ainda que Ronnie usou uma espécie de "segunda pele" no dia do atentado. A malha que cobria os braços serviria, segundo as investigações, para dificultar um possível reconhecimento.
Outro inquérito
Nesta quinta (7), o PM reformado atendeu a audiência sobre o inquérito dos 117 fuzis desmontados na casa do amigo Alexandre Mota de Souza. A Justiça decidiu revogar a prisão de Alexandre após o depoimento dele.
Na decisão em que concedeu a liberdade provisória, a juíza Alessandra Bilac acolheu o parecer favorável do Ministério Público após ouvir as informações prestadas pelos policiais que participaram da prisão e o depoimento dos réus.
Os policiais contaram que Alexandre apontou o local onde as caixas lacradas estavam guardadas e que ele demonstrou surpresa e desespero com o que havia dentro delas.
Lessa afirmou que as peças encontradas na casa de Alexandre eram itens de airsoft – jogo em que os participantes utilizam arma de pressão. Segundo ele, as caixas estavam lacradas e Alexandre – seu amigo há 30 anos – não sabia o que tinha nelas.
Nesse inquérito, Ronnie responde por posse ilegal de arma de fogo.