PREFEITURA DIZ QUE OBRA DE VIADUTO QUE CAIU EM BH NÃO ERA NECESSÁRIA
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Publicado em 03/07/2019

Desde a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, os únicos punidos foram os familiares das vítimas. Nesta quarta-feira (3), a tragédia que matou duas pessoas completa 5 anos, sem nenhum condenado. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) disse ao G1, na terça-feira (2), que um estudo mostrou que a construção não era necessária.

O processo criminal ainda não foi julgado e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que previa a restituição aos cofres públicos de R$ 13 milhões pelas empresas responsáveis, não saiu do papel. A obra foi planejada pela Consol Engenheiros Consultores e executada pela Construtora Cowan. A fiscalização ficaria a cargo da PBH.

“Uma coisa que eles inventaram, que não está fazendo falta nenhuma, porque eles tiraram aquele viaduto, demoliram e não fizeram mais nada no lugar. É como se tivessem construído aquilo só para tirar a vida da Hannah e a vida do Charlys”, disse Analina Soares dos Santos, mãe da motorista Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, que morreu na tragédia.

No dia 3 de julho de 2014, durante a Copa do Mundo, às 14h20, Hanna iniciava a primeira viagem do dia, dirigindo um micro-ônibus da linha suplementar 70, saindo do Conjunto Felicidade, na Região Norte de Belo Horizonte. A jovem de 24 anos havia levado a filha Ana Clara, que estava de férias, para acompanhá-la no trabalho.

Por volta das 14h50, a alça sul do Viaduto Batalha dos Guararapes veio abaixo, na Avenida Dom Pedro I, na Região da Pampulha, atingindo o coletivo, um carro de passeio e dois caminhões não ocupados. Hanna e o motorista do carro, Charlys do Nascimento, de 25 anos, morreram na hora.

Nos segundos antes de a estrutura desabar, Hanna conseguiu frear o veículo, salvando os 23 ocupantes do ônibus, incluindo a filha, na época com 5 anos de idade. “Eram férias escolares. Acompanhar a mãe, para a Clarinha, era uma diversão”, contou Tiago Carlos dos Santos, irmão de Hanna, enquanto refazia o itinerário que dividia com ela.

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