Um autônomo de 55 anos foi preso nesta sexta-feira (5) por matar a esposa há 30 anos, em Goiânia. Ele estava foragido desde a época do crime e, segundo a Polícia Civil, foi condenado apenas em 2018. Arilson Abdala Adisse usava os documentos do pai para não ser preso.
O delegado Tibério Martins contou que o crime aconteceu na noite de Natal, em 1988. Arilson e a esposa, a advogada Florami Gonçalves Lemos, estavam em casa e começaram a discutir. O homem pegou uma arma que ele tinha guardado em casa e atirou contra a mulher, de 40 anos.
As investigações mostraram que ele fugiu para o sul do país, onde usava documentos falsos para não ser encontrado. Ele voltou a morar em Goiás há 9 meses e foi preso em Rio Quente, no sul do estado.
“Desconfiamos da identidade dele, porque pesquisamos pelo nome e vimos que a foto era de uma pessoa bem mais velha, de quase 80 anos. Quando conseguimos descobrir o nome verdadeiro dele, vimos que havia o mandado de prisão contra ela devido à condenação dele no ano passado por homicídio”, disse o delegado.
Ao ser preso, o homem disse aos policiais inicialmente que não se lembrava do crime. Porém, depois, acabou confessando que atirou na mulher, mas alegou que o disparo foi acidental.
O delegado explicou que, mesmo tendo se passado 30 anos do crime, ele não prescreveu. “Durante todo esse tempo, o processo estava em andamento e o julgamento estava acontecendo. Então, o tempo para prescrição foi interrompido. Mas, houve muitos recursos e a sentença só saiu ano passado, o condenando a 13 anos de prisão”, contou.
O homem foi levado para o presídio de Caldas Novas, onde começará a cumprir a pena pelo homicídio.