APÓS ESFAQUEAR EX NO DF SUSPEITO AMEAÇA E DIZ QUERO COLOCAR FOGO
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Publicado em 09/07/2019

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um motorista de aplicativo que, após esfaquear a ex-mulher, de 38 anos, ameaçou a vítima e a família dela de morte. Em áudio enviado através de um aplicativo de mensagens, o homem afirma que vai "colocar fogo na ex-mulher viva e ficar sorrindo depois do crime".

Carlos Eduardo Soares de Farias, de 38 anos, enviou a gravação a uma amiga da vítima, no mês passado. A ex-companheira registrou uma ocorrência contra ele na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) do DF, no dia 25 de junho.

No áudio de quase 10 minutos, ao qual o G1 teve acesso, Carlos Eduardo Soares de Farias diz também que vai "dar três tiros na cabeça da mulher". À reportagem, parentes da vítima afirmam que estão apavorados com as ameaças.

"Minha irmã está super abalada psicologicamente. Tem que tomar tomar remédio para dormir. Não está sendo fácil para a nossa família", diz uma irmã da vítima que não quis se identificar.

No último dia 27 de junho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal expediu mandado de prisão preventiva contra o homem, por ameaça no contexto da Lei Maria da Penha. Até a última atualização desta reportagem, no entanto, Carlos Eduardo não tinha sido encontrado pelos policiais.

Tentativa de feminicídio

O casal teria ficado junto por 13 anos e se separado há cerca de nove meses. Antes da ameaça, o homem já tinha esfaqueado a ex-companheira. Em 17 de maio deste ano, Carlos Eduardo atacou a vítima com três facadas em Formosa, Goiás.

A mulher ficou quatro dias internada, mas sobreviveu. Após o crime, o suspeito fugiu. A Polícia Civil de Goiás abriu um inquérito e investiga a tentativa de feminicídio. Procurada pelo G1, no entanto, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Formosa informou que "não há informação para passar no momento".

Medida protetiva

Após o crime, a vítima também conseguiu na Justiça medidas protetivas contra o ex-marido. Segundo a determinação, o homem está proibido de entrar em contato com a mulher por qualquer meio. Também tem de ficar a um mínimo de 200 metros da vítima.

Ao conceder a medida, a juíza que analisou o caso afirma que "as partes envolvidas se encontram em situação de conflito, permeada por sérias agressões, fazendo-se necessária a intervenção estatal".

Ainda de acordo com a magistrada, "a ninguém é permitido o abuso nas relações sociais e conjugais e que caso ocorram situações de eventual descontrole, é autorizada a intervenção do Estado".

 

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