POLÍCIA INVESTIGA SE ALGUÉM AJUDOU MENINO A MATAR A MENINA RAISSA - SP
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Publicado em 02/10/2019

O adolescente de 12 anos que confessou ter matado a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo, neste domingo (29), foi levado para uma unidade da Fundação Casa, no Brás, na região central de São Paulo, na noite desta terça-feira (1º). Ele vai ficar em internação provisória por 45 dias, até que o inquérito esclareça em definitivo o caso, pois a polícia não descarta a participação de outra pessoa no crime.

Ele foi ouvido pela promotora da infância e da juventude Tatiana Calle durante cinco horas, na tarde desta terça-feira. O processo está em segredo de Justiça.

Horas antes, o adolescente disse ter usado um galho de árvore para matar a menina. A informação foi passada pelo menino em depoimento prestado à polícia. O conteúdo das declarações dele chocou até os próprios pais do menino, segundo o delegado Luiz Eduardo de Aguiar Maturano, titular da 5ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente, da Divisão de Homicídios.

A menina Raíssa foi encontrada morta na tarde de domingo no Parque Anhanguera, na região de Perus, Zona Norte de São Paulo, após desaparecer em uma festa em um Centro Educacional Unificado (CEU) municipal na região, onde estava com a mãe e o irmão mais novo.

O delegado não descarta que outra pessoa possa ter participado do crime. Há laudos a serem concluídos e testemunhas ainda precisam ser ouvidas.

“Ele começou a agredir a Raíssa antes de chegar à árvore. Primeiro bateu nela e depois usou um galho de árvore. Não apreendemos esse galho”, disse o delegado. Raíssa e o adolescente eram próximos e estavam juntos no CEU Anhanguera, de onde a menina sumiu antes de ser morta.

Maturano, que tem 34 anos de polícia, disse ter ficado abalado com o caso. “Se eu pudesse falar apenas uma palavra: é uma tragédia. Uma tragédia para uma menina de 9 anos que tinha autismo, que frequentava o CEU porque havia festas gratuitas, era de família humilde. E é uma tragédia para a família do menino de 12 anos.”

De acordo com o delegado, “a investigação tem prosseguimento, mas conseguimos obter várias informações da presença do adolescente de 12 anos na cena do crime, além da confissão dele.”

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