A Receita Estadual de Minas Gerais cumpre quatro mandados de prisão e 21 de busca e apreensão em 11 municípios do estado, nesta quinta-feira (24), em operação que combate sonegação fiscal no Grupo Lupus, uma indústria de rações para animais. A estimativa é que tenha sido sonegado cerca de R$ 270 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A operação, batizada de “Pet-Scan II”, é realizada pela por uma força-tarefa formada pela Receita Estadual, Polícia Civil e Ministério Público de Minas. Dos quatro mandados de prisão (dois em Belo Horizonte, um em Lagoa Santa e outro em Muriaé), dois tinham sido cumpridos até as 7h50.
Alvo dos mandados, o Grupo Lupus tem sede em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O grupo se identifica como o maior de pet food do Brasil e o oitavo no mundo. A reportagem tenta contato com o conglomerado de empresas.
Ordens de prisão
A filha de um dos donos da empresa foi presa no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul da capital. Também foram apreendidos documentos. Ela é suspeita de envolvimento nos processos de sonegação. A outra prisão ocorreu em Muriaé. De acordo com a delegada Karla Hermon, o segundo preso é um gerente de vendas da empresa.Ordens de busca e apreensão
Os mandados são cumpridos em estabelecimentos comerciais e em casas nas seguintes cidades:
Belo Horizonte
Contagem
Governador Valadares
Itambacuri
Itaúna
Juiz de Fora
Lagoa Santa
Muriaé
Sabará
Santa Luzia
Teófilo Otoni
Os crimes
Os envolvidos podem responder por:
Crimes contra a ordem tributária
Lavagem de dinheiro
Formação de quadrilha
"As pessoas continuaram um esquema milionário e não refrearam suas atitudes delinquentes nem mesmo com a primeira etapa da operação Pet-Scan. Os envolvidos intensificaram o esquema de sonegação fiscal na certeza de uma impunidade, impunidade que não aconteceu porque estão presos agora", disse o promotor Hugo de Moura Lima.