POLÍCIA APURA SE LANCHE E NÃO BALA TENHA ENVENENADO UMA JOVEM
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Publicado em 25/10/2019

A Polícia Civil investiga se o que causou a morte de Lorrana Madalena da Luz Manoel, de 14 anos, pode ter sido provocada pelo lanche que ela comeu horas antes de morrer. Os investigadores da 64ª DP (São João de Meriti) estiveram ontem na barraquinha de sanduíches, da família da menina, e fizeram uma perícia. Eles querem saber se houve algum tipo de procedimento irregular que possa ter culminado no envenenamento da estudante. Policiais praticamente descartaram a possibilidade de a estudante ter sido envenenada após comer uma bala de uma mulher, num trem da Supervia que seguia para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na tarde da última terça-feira.

Inicialmente, havia uma suspeita de que ela teria morrido ao consumir o doce. Entretanto, após diversos depoimentos, a polícia descobriu que a jovem tomou remédios, chá fitoterápico e chegou a comer um sanduíche antes da morte. Após isso, os investigadores começaram a colocar de lado a história de bala envenenada. O corpo de Lorrana será enterrado às 14h desta sexta-feira no Cemitério Tanque do Anil, em Duque de Caxias.

Nesta quinta, por mais de duas horas, a vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, mãe da menina, prestou depoimento na delegacia que investiga o caso. A mulher garante que a filha foi envenenada dentro do trem do Ramal Saracuruna. Ela também pediu para a polícia identificar e punir a pessoa responsável pela morte de sua filha. A menina morreu na UPA do Jardim Íris, em São João do Meriti, na madrugada da última terça-feira, horas após dar entrada.

Eu só quero a minha filha de volta. Eu não aceito o que fizeram. Foi uma vida interrompida. Tem que investigar quem foi essa pessoa. Olha o meu sofrimento, olha o sofrimento da minha família  afirmou Gisele.

Nesta quinta-feira, na casa da família  no Jardim Meriti  os parentes não aceitavam a morte precoce da menina. Durante todo o tempo a mãe de Lorrana acariciava o uniforme da criança e seus cadernos, em um quarto pequeno da casa onde moram dez pessoas.

De acordo com a Polícia Civil, o exame de toxicologia feito em Lorrana poderá apresentar resultado negativo, já que a adolescente foi medicada duas vezes e passou por um procedimento de lavagem estomacal na Unidade de Pronto-atendimento do Jardim Íris. Esse último poderá alterar o resultado. Os investigadores já sabem que Lorrana tomou dipirona e um chá fitoterápico.

O delegado Vinicius Domingos, da 64ª DP, disse que durante todo o dia de ontem agentes estiveram na SuperVia e requisitaram imagens de trens, estiveram em uma barraca de lanches onde Lorrana comprou dois lanches. O local, que é de parentes da jovem, passou por uma perícia e os agentes procuraram por algum tipo de remédio para rato, como chumbinho. Além disso, investigadores ouviram parentes da jovem.

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