DESEMPREGO SE MANTÉM EM 11,8% EM SETEMBRO DISSE IBGE, NOVA PESQUISA
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Publicado em 31/10/2019

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro, atingindo 12,5 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa é a mesma registrada nos três meses terminados em agosto, mas menor que os 12% registrados nos três meses anteriores. Na comparação com o mesmo período de 2018, a taxa de desemprego sofreu leve redução, de 0,1 ponto percentual. Já o número de desempregados recuou em 100 mil na comparação com o mês anterior: em agosto, eram 12,6 milhões de trabalhadores brasileiros desempregados.

Os dados mostram que o desemprego segue persistente, e as vagas criadas são precárias. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, houve aumento de 1,5 milhão de pessoas na população ocupada, que atingiu o recorde de 93,8 milhões – mas essa alta segue sendo puxada pela informalidade, que alcançou 41,4% no mês passado, e vem crescendo nos últimos anos.

"Tanto em termos de taxa como do contingente associada a ela, é recorde", enfatizou a analista do IBGE, Adriana Araújo Beringuy.

São 38.806 milhões de informais – 41% do total de ocupados –, sendo:

11,838 milhões de empregados no setor privado sem carteira assinada

4,536 milhões de trabalhadores domésticos sem carteira assinada

19,504 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ

801 mil empregadores sem CNPJ

2.127 mil trabalhadores familiares.

Falta trabalho para 27,5 milhões

A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24% no trimestre encerrado em setembro, um recuo de 0,3 ponto percentual em relação a agosto, mas estatisticamente estável frente ao mesmo período de 2018. Isso significa que ainda falta trabalho para 27,5 milhões de brasileiros – 1 milhão a menos que três meses atrás, mas 300 mil pessoas a mais que há um ano.

Entre os subutilizados, o IBGE aponta que:

12,5 milhões estão desempregados

4,7 milhões são desalentados (desistiram de procurar emprego)

7 milhões trabalham menos horas do que gostariam

3,1 milhões fazem parte da força de trabalho potencial (estão disponíveis, mas não podem assumir uma vaga por algum motivo).

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