MAIS UM CASO DE RACISMO DESTA VEZ DE UM PROFESSOR À ALUNA EM SANTOS
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Publicado em 12/11/2019

Uma adolescente de 15 anos afirma ter sido vítima de racismo por parte de um professor em uma escola estadual de Santos, no litoral de São Paulo. Em entrevista nesta terça-feira (12), a vítima afirmou que o educador a chamou de "feia", além de ter feito comentários preconceituosos sobre ela, dizendo "que o cabelo dela não mexe", que "ela é preta" e que "a pele dela é feia porque ela é negra". A Secretaria de Educação afirma apurar o caso.

O caso ocorreu na Escola Estadual Professora Alzira Martins Lichti, localizada no Morro da Nova Cintra. "Eu só decidi expor a situação porque acho que ele está errado de fazer isso comigo. Fiquei mal demais", disse a estudante do 9º ano, que prefere não se identificar.

"Ela até gostava desse professor. Mas ele começou a falar dela em outras salas. Ele é racista, não tem outra resposta. Porque a minha filha nunca desrespeitou ele. Ela nunca ofendeu ele. E ele passou do limite com ela", diz a cozinheira Cristina Maria Dias, de 41 anos, mãe da menina.

egundo Cristina, não é a primeira vez que o docente faz comentários ofensivos em relação à sua filha. "Mas ninguém nunca tinha conseguido provar. Isso não pode acontecer. Primeiro porque ele é educador. Segundo: é isso que ele está ensinando na escola? Os outros alunos a serem preconceituosos?", destaca.

O vídeo divulgado pelo adolescente nas redes sociais, segundo a cozinheira, foi gravado por uma colega da filha, que ainda tenta defender a menina quando o professor a chama de "feia". "Quando eu cheguei em casa minha filha estava chorando, porque ficou chateada. O que ele disse é muito sério, é racismo e ele vai pagar por isso", finaliza a mãe.

Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Santos afirma repudiar todo e qualquer ato de discriminação, dentro e fora do ambiente escolar. Assim que tomou conhecimento da denúncia, abriu uma apuração e o caso está sendo averiguado. Caso comprovadas as acusações, afirmou que todas as medidas cabíveis serão tomadas. A administração regional prestará todo apoio aos pais e está à disposição para qualquer esclarecimento.

O caso foi registrado como injúria na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos e segue sob a investigação da Polícia Civil.

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