A bebê encontrada abandonada em uma calçada, em Salinas (MG), já foi levada para a unidade de acolhimento do município. A informação foi fornecida pelo Poder Judiciário, que também afirmou que está tomando todas as providências legais para garantir a proteção da menina. A criança foi encontrada por uma família que passava pelo local. A secretária interina de Desenvolvimento Social de Salinas, Adelane Ferreira, explica que a instituição para onde a bebê foi levada atende a cinco municípios da região. Atualmente, quatro crianças e uma adolescente estão no local. “A Unidade de Acolhimento Institucional é um ambiente totalmente acolhedor, onde o assistido se sente realmente em um lar, resguardados todos os seus direitos. Tem uma equipe de cuidadoras e ainda uma equipe técnica composta por assistente social e psicóloga, além da coordenadora”, explica. A médica que fez o atendimento conta que a menina deve ter entre 10 e 15 dias de vida e está saudável. “A criança estava tranquila e não tinha sinal de maus-tratos e nem de lesão. Uma criança aparentemente bem cuidada, agasalhada”, fala a pediatra Rayane Teixeira. Investigação O delegado José Eduardo do Santos, responsável pelo caso, disse que a investigação já foi iniciada. A Polícia Civil faz levantamentos para descobrir quem deixou a menina na calçada de um comércio no bairro Panorama. A imagem de uma câmera de segurança, que flagrou um carro no lugar onde a bebê foi encontrada, pode ajudar nas investigações. Era por volta das 3h e fazia 18 graus na cidade. O vídeo mostra o veículo parado no local. Em seguida, o motorista apaga os faróis, uma pessoa abre a porta e desce.
A família que encontrou a menina seguia de carro para a zona rural. Quem dirigia o veículo era Darcy Pereira da Silva. A filha dele, de 12 anos, foi quem alertou que havia uma criança na calçada. “Ela estava no banco de trás e começou a gritar que viu um bebê abandonado. Eu dei ré e percebi que realmente tinha uma criança na calçada. A menina estava bem agasalhada e quietinha. Os olhinhos estavam abertos como se estivesse observando o movimento da rua e aparentava estar com fome”, disse em entrevista. Em seguida, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados e levaram a bebê para um hospital. A família acompanhou o encaminhamento à unidade de saúde e passou a chamar a menina carinhosamente de Vitória. “Estamos chamando de Vitória porque foi uma vitória achá-la viva e bem, ela poderia ter sido atacada por animais peçonhentos ou até por cachorros. Queremos acompanhá-la pelo resto da vida e ajudar no que ela precisar. É um vínculo que vamos levar pra sempre.”