Imagens de câmeras de segurança de uma loja mostram que as quatro vítimas do atentado ocorrido no início da manhã de sábado (09), em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foram executadas logo após terem entrado em um veículo estacionado de frente para o comércio.
O vídeo mostra que as vítimas entram no veículo quase ao mesmo tempo em que uma caminhonete se aproxima, na rua. Ocupantes da caminhonete descem e atiram. As quatro pessoas são atingidas e morrem no local.
Outras imagens do atentado já foram divulgadas. Esta é a mais recente.
As vítimas tinham acabado de sair de uma casa noturna quando foram mortas. São elas:
Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos. Filha do governador de Amambay, Ronald Acevedo, que foi atingida por seis tiros.
Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos. Conhecido como "Bebeto", atingido por 31 tiros.
Kaline Reinoso de Oliveira, de 22 anos. Estudante de medicina, natural de Dourados (MS), foi morta com 14 tiros.
Rhannye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, de Cáceres (MT), morta com 10 tiros.
Segundo a polícia, Omar era o alvo potencial dos pistoleiros. Ele e Haylee eram namorados, de acordo informações iniciais. Kaline e Rhannye, que estavam com o casal, eram colegas de Haylee em faculdade de medicina na região de fronteira.
Na manhã desta segunda-feira (11), a polícia paraguaia prendeu seis brasileiros suspeitos de envolvimento no atentado. Os nomes das pessoas detidas são:
Hywulysson Foresto
Juares Alvers da Silva
Luis Fernando Armando e Silva Simões
Gabriel Veiga de Sousa
Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo
Douglas Ribeiro Gomes.
Na operação, também foram apreendidos três carros com documentos brasileiros referentes a outros três automóveis, celulares, joias e um recipiente com 74 gramas de maconha, segundo nota da autoridade do país vizinho.
No domingo (10), outro brasileiro já havia sido preso após uma perseguição que envolveu policiais paraguaios e brasileiros.
Quinze pessoas foram mortas na região de fronteira entre Brasil e Paraguai nas duas últimas semanas. Cinco em menos de 24 horas, entre sexta e sábado.
A primeira foi o vereador de Ponta Porã, Farid Afif (DEM). Ele anda de bicicleta quando percebeu que estava sendo seguido, tentou se esconder em uma revenda de veículos, mas não conseguiu evitar a execução.
Farid Afif havia publicado um vídeo nas redes sociais poucas horas antes e a polícia acredita que ele estava sendo monitorado pelos criminosos.