POLÍCIA DIZ QUE OBRA NÃO SINALIZAVA BURACO EM QUE MENINO CAIR E ABRE INQUÉRITO
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Publicado em 23/08/2022

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito, nesta segunda-feira (22), para apurar as circunstâncias da morte do menino Pedro Augusto Ferreira Alves, de 8 anos, que não resistiu aos ferimentos após se desequilibrar e cair em um buraco de cerca de 6 metros de profundidade, em um canteiro de obras, na cidade de Carmo do Paranaíba (MG).

De acordo com a polícia, a perícia técnica feita após o resgate da criança, nesta segunda-feira, já detectou que, a princípio, não havia sinalizações no lote particular onde estava aberta a cratera, o que pode indicar uma falha de segurança no local e de responsabilidade na tragédia.

A família conta que Pedro saiu para brincar com uma prima, por volta das 15h de domingo. A outra criança viu o momento em que o menino perdeu o equilíbrio e acabou caindo no buraco, que o Corpo de Bombeiros estima que tivesse por volta de 6 metros de profundidade. A terra precisou ser cuidadosamente cavada pelos agentes.

'Já retiramos ele em parada respiratória'

O trabalho de resgate, considerado complexo e meticuloso pelos militares, começou às 17h, e só terminou às 9h45 do dia seguinte. O garoto chegou a ser retirado sob aplausos do buraco, mas, já inconsciente e com sinais de parada respiratória, morreu minutos depois, ao dar entrada na UPA da cidade.

Por volta das 9h45 (desta segunda-feira) nós encerramos a ocorrência. Conseguimos acessar o menino Pedro a aproximadamente 6 metros de profundidade; fizemos uma escavação manual no nível horizontal para acessá-lo a cerca de 2 metros de distância – relatou em comunicado à imprensa o Tenente Coronel Duarte, do Corpo de Bombeiros de MG, que liderou a operação. – Nós já retiramos ele em parada respiratória. Levamos para estabilização inicial na UPA da cidade, mas, infelizmente, na UPA o médico tentou fazer todos os procedimentos, mas veio a atestar o óbito.

Horas antes da notícia da morte do garoto, Paloma Barbosa, mãe da criança, falou sobre a aflição de ver o filho preso naquele buraco, e contou sobre o momento que antecedeu o acidente.

Ele disse mamãe, eu vou brincar. Ele estava com a prima dele quando vieram para cá. Ela contou que ele escorregou – disse. – Está muito difícil, estou muito aflita, estou sem palavras.

 

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